08/05/2013 06h14 - Atualizado em 08/05/2013 07h41

Falta de água provoca morte de animais no semiárido piauiense

Açudes e barragens estão com menos da metade da capacidade total.
Cidades correm o risco de desabastecimento.

Do Globo Rural

Apesar da chuva dos últimos dias, o nível dos açudes ainda está baixo no semiárido do Piauí. O município de Paulistana é um dos mais afetados pela estiagem. Nos quatro primeiros meses deste ano choveu apenas 12% do total da média histórica da região.

Segundo os sertanejos, esta é a pior seca dos últimos 50 anos. O açude que fica no semiárido piauiense, está completamente seco desde o ano passado. Agora, no lugar há um pouco de lama e a vegetação não serve nem de alimento. Muitos animais já morreram.

O vaqueiro Mateus Silva assistiu à morte de pelo menos 80 animais dentro do curral. “Por causa da pastagem muito rala, os cacimbões e os poços secaram. O gado foi enfraquecendo e acabou morrendo”, diz.

Um levantamento feito pelo DNOCS, Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, revelou que os açudes e as barragens do estado estão com menos da metade da capacidade total. Cidades que dependem desses reservatórios correm o risco de desabastecimento. O açude de Paulistana está com apenas 26% do volume de água.

“A nossa preocupação é priorizar o uso desta água apenas para o abastecimento humano. Há risco de desabastecimento e de racionamento de água para as famílias dessas populações que vivem em torno dos reservatórios”, diz José Carvalho, coordenador do DNOCS.

Em Pio IX, a água é vendida de porta em porta. Um balde custa R$ 1,00.

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