10/06/2013 13h04 - Atualizado em 10/06/2013 13h28

Índice que mede custo de vida em SP praticamente dobra em maio

ICV variou 0,61%, ante alta de 0,31% em abril, diz Dieese.
Preços dos grupos saúde, habitação e alimentação tiveram maiores altas.

Do G1, em São Paulo

A inflação na cidade de São Paulo medida pelo Índice do Custo de Vida (ICV) praticamente dobrou em maio na comparação com abril. Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgada nesta segunda-feira (10), indica variação de 0,61% no mês, ante alta de 0,31% em abril. Em março, a variação foi de 0,78% na comparação mensal.

Os grupos com maiores altas foram saúde (2,47%), habitação (0,92%) e alimentação (0,22%), que juntos contribuíram com 0,62 ponto percentual no cálculo do índice geral.

A pesquisa destaca que a elevação no grupo saúde contribuiu com 0,35 ponto percentual no resultado da inflação de maio. Os maiores aumentos se deram na assistência médica (2,6%), consequência principalmente da alta nos seguros e convênios (3,08%). No subgrupo dos medicamentos e produtos farmacêuticos o reajuste foi de 1,94% que, somado à elevação de abril, acumula taxa de 5,5% no último bimestre.

O maior aumento dentro de habitação se deu no subgrupo operação (1,16%), seguido da locação, impostos e condomínio (0,75%) e, com menor variação, o subgrupo conservação (0,43%). Os itens da operação do domicílio com maiores altas foram gás de botijão (4,59%), serviços domésticos (1,52%) e tarifa de água e esgoto (1,77%). Na locação, impostos e condomínio, as taxas de seus componentes foram condomínio (1,37%), impostos (0,53%) e locação (0,22%). O material de construção (0,90%) foi responsável pelo aumento do subgrupo da conservação, pois a mão de obra da construção civil não sofreu alteração, diz o Dieese.

ENTENDA A INFLAÇÃO, SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

A inflação é uma alta persistente e generalizada dos preços. Provocada pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, pelo excesso de moeda ou por gastos públicos elevados, entre outras causas, ela provoca perda do poder de compra e reduz a eficiência da economia. Leia mais

 Apesar da alta de 0,22%, dois dos subgrupos que compõem a alimentação apresentaram variações negativas, com o custo dos produtos in natura e semielaborados recuando 0,04%, e o de produtos da indústria alimentícia baixando 0,02%. No entanto, a alimentação fora do domicílio apresentou alta acentuada de 1,18%.

A maioria dos subgrupos de equipamento doméstico, que recuou 0,93%, apresentou deflação em seus preços, notadamente os móveis (-3,33%); com taxa positiva apenas os eletrodomésticos (0,66%).

O grupo transporte registrou taxa negativa de 0,19%, com queda no subgrupo individual (-0,28%), principalmente pela diminuição dos preços de combustíveis (-0,73%). O transporte coletivo não teve alteração nas tarifas.

Inflação acumulada
Nos últimos 12 meses, de junho do ano passado a maio de 2013, o ICV teve aumento de 6,87%. “Quando se considera o poder aquisitivo, verifica-se que a variação acumulada anual foi mais elevada para as famílias de menor nível de rendimento (...), segmento para o qual a taxa chegou a 6,96%”, destaca o Dieese.

Nos primeiros cinco meses do ano, a inflação acumulada chega a 3,63%. Variações superiores ao total acumulado neste ano foram observadas para os grupos despesas pessoais (8,51%), educação e leitura (6,35%) e saúde (5,90%). Taxa semelhante ao índice foi verificada na alimentação (4,22%).

Foram registradas taxas abaixo da média nos grupos transporte (2,50%), habitação (1,27%), vestuário (1,14%), recreação (0,69%) e despesas diversas (0,16%). Houve queda apenas no grupo equipamento doméstico (-0,61%) ao longo de 2013.

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