A balança comercial brasileira registrou superávit (exportações menos importações) de US$ 285 milhões na primeira semana de junho, entre os dias 1 e 9 deste mês, de acordo com números divulgados nesta segunda-feira (10) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Na semana passada, com cinco dias úteis, as exportações somaram US$ 5,36 bilhões, com média diária de US$ 1,07 bilhão, ao mesmo tempo em que as compras do exterior totalizaram US$ 5,08 bilhões – com média de US$ 1,01 bilhão por dia útil.
Déficit no acumulado do ano
Apesar do resultado comercial positivo da semana passada, o saldo deste ano, na parcial até 9 de junho, ficou deficitário em US$ 5,1 bilhões. No período, as exportações somaram US$ 98,65 bilhões, com média diária de US$ 913 milhões e queda de 2,2% frente a igual período do ano passado, ao mesmo tempo em que as importações totalizaram US$ 103,76 bilhões – com média de US$ 960 milhões por dia útil e alta de 10,2% sobre igual período de 2012.
O fraco desempenho da balança comercial acontece em meio à crise financeira internacional e, segundo o governo federal, também está relacionado com o atraso na contabilização da importação de combustíveis e derivados. O atraso na contabilização das importações de combustíveis aconteceu porque, em julho de 2012, a Receita Federal editou a instrução normativa 1.282, que concedeu um prazo de até 50 dias para registro das importações de combustíveis e derivados feitas pela Petrobras.
Normalmente, as empresas têm 20 dias para fazer o registro. Cerca de US$ 4,5 bilhões em importações de petróleo e derivados que aconteceram, de fato, em 2012 foram contabilizadas nos primeiros meses deste ano.
Resultado do ano de 2012
Em todo o ano de 2012, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 19,43 bilhões, o menor saldo positivo em dez anos. Com isso, o superávit da balança comercial registrou queda de 34,7% em relação ao ano de 2011, quando o superávit totalizou US$ 29,79 bilhões.
Expectativa para 2013
Para 2013, ano que ainda será influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará nova queda, atingindo cerca de US$ 7,3 bilhões.