Economia

Economia terá crescimento de 4% em 2014, segundo projeto de Orçamento

Previsão de inflação é de 5%, ainda acima do centro da meta, que é de 4,5%

BRASÍLIA — O governo espera que a economia tenha um crescimento de 4% no ano que vem. A projeção foi incluída no Projeto de Lei Orçamentária de 2014, entregue ao Congresso nesta quinta-feira. Segundo o texto, a inflação deve ficar em 5%, ainda acima do centro da meta, que é de 4,5%.

O projeto também prevê que o governo realizará um superávit primário de 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 109,4 bilhões. Embora a meta oficial ainda seja de 3,2% do PIB (ou R$ 167,4 bilhões), a equipe econômica fará uma abatimento com investimentos e desonerações equivalente a 1,1% do PIB, ou R$ 58 bilhões.

O governo central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) responderá por 2,2% do PIB (ou R$ 116,1 bilhões) do resultado primário, enquanto os governos regionais, farão uma economia para o pagamento de juros da dívida de 1% do PIB, ou R$ 51,3 bilhões.

As despesas com pessoal em 2014 estão fixadas em R$ 222 bilhões, na proposta do Orçamento da União de 2014, que totaliza R$ 2,3 trilhões. No caso dos salários do funcionalismo, o acordo feito no ano passado previa reajuste de 15%, escalonado em 2013, 2014 e 2015. O gasto com a folha se mantém em 4,2% do PIB, como em 2013.

Os investimentos totalizam R$ 186,6 bilhões, sendo R$ 81 bilhões do Orçamento da União e mais R$ 105,6 bilhões das empresas estatais. Dentro deste universo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá R$ 63,3 bilhões no Orçamento mais R$ 72,7 bilhões de estatais. O PAC tem um aumento de 21,1% em relação a 2013, no tocante aos valores do Orçamento da União, sem as estatais. A Saúde e a Educação também tiveram seus recursos ampliados.

— Os recursos vão além dos limites constitucionais — disse a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

Já o déficit da Previdência ficará em R$ 31,2 bilhões, ou 0,6% do PIB, contra 0,7% do PIB em 2013.

Dentro das chamadas despesas discricionárias, alguns ministérios tiveram redução de verbas: Esportes, em R$ 153,2 milhões; Meio Ambiente, R$ 3,1 milhões; Turismo, com R$ 123,5 milhões de queda. No total, as chamadas despesas discricionárias, que são os investimentos dos ministérios, fica em R$ 266,2 bilhões.