O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira (23) diante de fluxos pontuais de entrada, após passar toda a manhã em alta respondendo à fraqueza do cenário internacional por temores com o crescimento da China e com possível redução do estímulo nos Estados Unidos.
A moeda norte-americana caiu 0,20%, cotada a R$ 2,046 para a venda. Veja a cotação
Na véspera, o dólar atingiu a maior cotação do ano, fechando a R$ 2,05.
O movimento de alta registrado até a manhã desta quinta-feira ocorria em meio a temores com o crescimento na China e com possível fim do programa de estímulo do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, destacou a Reuters.
O Banco Central brasileiro manteve-se fora do mercado mesmo quando o dólar ultrapassava a marca dos R$ 2,05, que muitos analistas acreditavam ser o atual limite de alta tolerado pela autoridade monetária para evitar pressões inflacionárias. Agora, alguns analistas acreditam que esse teto se encontra em torno de R$ 2,07.
"Houve algumas entradas agora. Além disso, o mercado aquiainda sente a pressão de que o Banco Central pode entrar, e isso dá um pouco de confiança para o mercado vender dólar a esse preço", disse o operador de câmbio da Renascença, José Carlos Amado.
O dólar avançou cerca 2% ante o real desde meados de maio devido a crescentes expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, diminua o seu programa de estímulo monetário, o que reduziria a oferta de dólares nos mercados.
Esses temores, aliados a dados fracos de atividade industrial na China divulgados nesta sessão, abalaram o apetite de investidores externos por ativos de risco, como bolsas e commodities e moedas de países emergentes.
Um operador de um banco brasileiro destacou à Reuters que, não fosse o fluxo cambial positivo nos últimos dias, o dólar estaria em torno de R$ 2,07. Por isso, ele acredita que o BC poderá intervir no mercado caso a moeda ultrapasse este patamar.