No ano em que completa 450 anos, o Rio ganhará um presente para seu Centro histórico: a Travessa Belas Artes, próxima à Praça Tiradentes, será fechada ao trânsito e terá revitalizadas fachadas e interior de prédios importantes desde o tempo do Império.
A urbanização da tradicional travessa está a cargo da empresa de seguros e previdência Mongeral Aegon, que tem sede na travessa desde 1841, quando o prédio foi doado pelo imperador Dom Pedro II.
Foi da empresa, de 180 anos, que surgiu a primeira iniciativa oficial para se instituir a previdência social no país: o pagamento de pensão para os homens que voltavam da Revolta dos Farrapos.
Na travessa ficava ainda a Escola Nacional de Belas Artes, originalmente Academia Imperial de Belas Artes, um projeto de GrandJean de Montigny. O prédio foi demolido em 1938, e hoje no local funciona um estacionamento. Para lembrar que ali funcionou a importante escola, que sediou a primeira exposição de artes realizada no país, a Exposição da Classe de Pintura Histórica, em 1829, o projeto prevê a instalação no local de uma réplica do pórtico da escola, que, com sua demolição, foi levado para o Jardim Botânico.
Outro prédio importante da travessa é o que foi sede do Ministério da Fazenda, quando o Rio era capital da República. Também está sendo recuperado e ali a empresa deverá instalar uma universidade corporativa, com local para palestras e workshops. O término das obras está previsto para dezembro de 2015, informou a empresa.