21/08/2013 16h20 - Atualizado em 21/08/2013 16h30

Professores tentam expulsar ativistas mascarados de protesto no Rio

Ato dos professores em greve iniciou na Alerj, onde mascarados chegaram.
Manifestação foi até a Cinelândia; ruas do Centro foram interditadas.

Lívia TorresDo G1 Rio

Grupo de mascarados se misturou a professores no protesto (Foto: Lívia Torres/G1)Grupo de mascarados se misturou a professores no protesto (Foto: Lívia Torres/G1)

Os professores das redes estadual e municipal fazem um protesto na tarde desta quarta-feira (21). O ato teve início na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e, por volta das 16h10, o grupo chegou em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia. Enquanto os participantes ainda estavam na Alerj, um grupo de mascarados chegou ao local e alguns professores tentaram expulsá-los provocando bate-boca. A Polícia Militar não informou o número de manifestantes que participam do protesto.

Protesto de professores chegou à Câmara Municipal por volta das 16h (Foto: Henrique Coelho / G1)Protesto de professores chegou à Câmara Municipal por volta das 16h (Foto: Henrique Coelho / G1)
Manifestação dos professores na Alerj (Foto: Lívia Torres/ G1)Manifestação dos professores na Alerj
(Foto: Lívia Torres/ G1)

Em assembleia realizada nesta quarta-feira (21), no Clube Municipal, na Tijuca, Zona Norte, os profissionais das escolas estaduais decidiram pela continuidade da greve da categoria. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), mais de mil profissionais das escolas estaduais participaram da plenária, que também decidiu que a próxima assembleia da categoria será realizada na próxima terça-feira (27), nas escadarias da Alerj, a partir das 14h.
 

Professores tomam escadaria da Câmara Municipal (Foto: Henrique Coelho/ G1)Professores tomam escadaria da Câmara
Municipal (Foto: Henrique Coelho/ G1)

A greve teve início no dia 8 de agosto e os professores da rede estadual, entre outros pontos, reivindica a retirada do veto do governador à emenda da categoria no decreto 2.200, que determinava 1 matrícula, 1 escola para os professores; reajuste de 28% e 1/3 para planejamento.

Reunião com a Prefeitura
Uma comissão de representantes dos professores municipais do Rio de Janeiro se reuniu na tarde desta terça-feira (20) com o secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho. O encontro ocorreu durante mais uma manifestação que reuniu cerca de cinco mil pessoas em frente à sede da prefeitura, na Cidade Nova. Os representantes avançaram nas propostas, mas segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação(Sepe), não houve acordo. 

De acordo com a coordenadora do sindicato, Rosilene Almeida, o governo municipal ofereceu uma garantia dos planos de carreira com valorização por formação e por tempo de serviço caso a categoria desistisse do reajuste salarial de 19%. "Quando eles ofereceram o plano de carreira, eles colocaram a condição de que a greve acabasse. Ou é plano de carreira ou é ajuste salarial. E a gente falou que não aceita", disse Rosilene.

Professores participam de abraço simbólico na Prefeitura do Rio  (Foto: Isabela Marinho )Professores fizeram abraço simbólico na
Prefeitura do Rio na terça (Foto: Isabela Marinho )

Para Rosilene, a abertura do diálogo foi positiva mas o governo permanece afirmando que não há condições de oferecer aumento salarial. "O que ficou acertado foi a reabertura de negociação. A prefeitura tinha simplesmente fechado o diálogo com a categoria e hoje ele foi reaberto. Alguns pontos ainda podem ser acertados em próximas negociações, ainda não há nada de concreto. Apresentamos as pautas, eles vão fazer uma discussão e nos chamar para dar uma resposta", completou.

De acordo com secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo Carvalho, o Sepe não quis um acordo. “A reunião não foi boa não. A cada reunião que se tem com o Sepe, há novas pautas. O que nos faz perceber que é um movimento simplesmente sindical e não da categoria. Parece uma pauta de greve pela greve e não de discussão de algo concreto. Nós oferecemos dialogar, mas não avançamos. Deixamos claro que a pauta do reajuste não há hipótese de se discutir quando se dedica energia ao plano de cargos e salários”, disse.

Pedro Paulo reiterou que não escutou nenhuma proposta concreta pelo Sepe, nem ofereceu ao sindicato uma pauta concreta. Ele afirmou que não acredita que o sindicato aceite um acordo e que o corte de ponto permanecerá. “Não temos uma esperança de que o sindicato vá paralisar a greve. E a prefeitura manterá as penalidades. A própria Justiça determinou a penalidade das faltas”.

Em relação ao aumento, Rosilene disse que a prefeitura não aceitou abrir as contas para provar que não tem dinheiro. "Eles não aceitaram dar o aumento, mesmo a gente pedindo que a Prefeitura abra as contas. Inclusive sugerimos que poderia haver aumento das negociações. Com a abertura das contas para a equipe técnica do sindicato juntamente com a o do governo saberíamos se o aumento realmente não é possível. Mas isso eles não querem. Segundo eles, as contas sobre o impacto do aumento salarial de 19% ainda nem foram feitas. Colocamos o aumento em pauta desde o início do ano e as contas até agora não foram feitas", reclamou Rosilene.

A Casa Civil informou que a adesão de professores e funcionários ao  movimento de paralisação nesta terça-feira foi de 17,5%. De acordo com o Sepe, 80% das escolas ficaram fechadas. O sindicato informou ainda que o ato público reuniu professores, funcionários, alunos e pais. 

Por volta das 16h40, os professores participaram de um abraço simbólico ao prédio da prefeitura e encerraram o ato público. A categoria volta a se reunir em assembleia nesta sexta-feira (23).

Por causa da manifestação, a Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio, foi totalmente interditada no sentido Centro, por volta de 12h20. O grupo saiu da Rua Haddock Lobo, na Tijuca, e seguiu em direção à sede da Prefeitura do Rio.

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