Economia

Mantega diz que o crescimento em 2014 será puxado pelas concessões, além dos investimentos do PAC

Ministro da Fazenda defende fundamentos da economia brasileira

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitou o 8º balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para defender os fundamentos da economia brasileira, adotando o mesmo tom do discurso otimista da presidente Dilma Rousseff, nos últimos dias. Ele disse que a economia está crescendo, mesmo em condições "adversas" porque tem fundamentos sólidos e uma política de investimentos. Mantega ressaltou que o mercado interno terá um crescimento moderado, mas que a retomada da economia está sendo puxada pelos investimentos. Segundo ele, com as concessões esse dinamismo vai se acentuar. A previsão do ministro é que a taxa de investimentos em relação ao PIB suba dos atuais 18% para 24%, na próxima década.

- Os investimentos das concessões vão puxar a economia a partir de 2014. São R$ 40 bilhões no próximo ano e R$ 60 bilhões, em 2015. Isso causa um dinamismo muito grande na economia brasileira - disse Mantega.

Ele disse ainda que a existência de fundamentos sólidos é insuficiente, citando o desempenho do PAC. Para ele, mo crescimento da economia mundial vai ajudar os países emergentes e entre eles, o Brasil.

O ministro destacou a inflação ficou dentro da meta nos últimos dez anos, que o superávit primário (economia para pagamento dos juros) obtido pelo país é um dos maiores do mundo, na última década e citou o câmbio flutuante, mais benéfico à indústria nacional atualmente, além do nível das reservas internacionais.

- Os últimos dez anos é o período de inflação mais baixo da economia nos últimos 60 anos, 80 anos, nem me lembro mais. É a década que tem a inflação mais baixa - discursou o ministro.

Ele rebateu as críticas sobre o aumento da dívida bruta, um dos indicadores de solvência dos países, alegando que a situação é confortável e que o aumento se deveu aos aportes do Tesouro no BNDES, o que vai será revertido:

- Temos uma situação bastante confortável das dívidas líquida e bruta - disse Mantega, acrescentando que os aportes ao BNDES vão cair de agora em diante porque eles não serão mais necessários, diante da retomada do crescimento da economia.