RIO - A China dará continuidade aos esforços para conter o excesso de capacidade industrial um ano antes do planejado, mesmo com os sinais de desaceleração da atividade econômica, e vai promover os gastos em comércio para estabilizar o crescimento, disse uma autoridade.
O governo vai completar até o fim de 2014 o plano de redução da supercapacidade — a meta estava prevista para 2015, quando se encerra o período de cinco anos para o qual o planejamento foi feito, de acordo com a Rádio Nacional da China, que citou o ministro da Indústria e de Tecnologia da Informação, Miao Wei. O ministrou lançou em 2011 as metas de redução da capacidade em 19 indústrias chave, incluindo aço (48 milhões de toneladas) e cimento (370 milhões de toneladas).
Os cortes fazem parte do esforço do país asiático para redirecionar o vetor da economia, até há pouco voltado para as exportações. Agora, o governo quer desenvolver o mercado interno. Por isso, apesar dos sinais de desaceleração, o premier Ki Keqiang tem evitado estímulos abrangentes à economia. Em vez disso, lançou políticas setoriais, incluindo isenções fiscais e apoio a pequenas empresas. Ao mesm tempo, vem buscando encampar os fatores de risco para o sistema financeiro, que passa por uma reestruturação.
Ainda assim, a produção industrial cresceu mais do que o previsto por economistas em julho, conforme dados da Agencia Nacional de Estatísticas, dando indicações de que a economia está se estabilizando. O crescimento industrial “continua numa faixa razoável”, embora o crescimento econômico enfrente pressões para desacelerar e os pequenos negócios possam enfrentar dificuldades no segundo semestre”, o ministro disse, de acordo com a Rádio Nacional da China.