30/04/2013 16h27 - Atualizado em 30/04/2013 20h16

Nº de usuários de 4G passará de 4 milhões até o fim do ano, diz ministro

‘Não tenho dúvida de que este serviço será um sucesso’, disse Bernardo.
Ministro das Comunicações participou do lançamento do 4G da Vivo em SP.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo

Paulo Bernardo e Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica Vivo  (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Paulo Bernardo e Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica Vivo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou nesta terça-feira (30), que acredita que o número de usuários do serviço de internet móvel rápida de quarta geração (4G) irá passar de 4 milhões até o final do ano, superando a previsão da Anatel. A declaração foi feita durante participação do lançamento do serviço 4G da Vivo, em São Paulo.

“Não tenho nenhum receio de dizer que esse serviço será muito procurado. Todas as projeções que eu ouvi até agora são muito conservadoras. Eu ouvi a Anatel falando estes dias que vai ter 4 milhões de usuários de 4G até o final do ano. Eu vou apostar um jantar com o João Rezende (presidente da agência) que vai ser mais”, disse o ministro.

Bernardo acredita que o novo serviço receberá uma migração de clientes de outros planos. “Não tenho dúvida de que este serviço será um sucesso. (...). As pessoas querem um serviço melhor”, afirmou.

Anatel diz que irá monitorar oferta
O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, informou que a operação comercial do 4G está oficialmente instalada no país e que, com isso, a agência iniciará também a fiscalização do serviço oferecido pelas operadoras.

Segundo ele, em caso de problemas na qualidade do serviço, a melhor opção aos consumidores é "entupir" as centrais de atendimento ao consumidor das operadoras, mas evitou falar em recomendações. "Seria até antieconômico não apostar na nova tecnologia nova (...). Não vamos ficar tutelando o consumidor com relação à opção que ele vai fazer de compra", disse.

Rezende ressaltou que nesta primeira fase de oferta do serviço no país é importante que as empresas disponibilizem informações, de forma transparente, sobre as áreas de cobertura do serviço 4G.

Ele explicou que, contratualmente, as cidades que começaram a oferecer o 4G precisam disponibilizar cobertura em pelo menos 50% da área urbana. “A Anatel tem um sistema próprio de checagem da cobertura. Estamos acompanhando a mancha desta cobertura”, afirmou.

Críticas
O ministro rebateu as críticas de entidades como a Proteste, associação de defesa dos direitos dos consumidores, que recomendou que os consumidores não se precipitem na compra de aparelhos e planos de 4G.

“Vi que tem gente falando ‘Não compre o 4G’ como se o consumidor aceitasse ser tutelado, precisasse de alguém pra dizer o que deve ou não comprar. As pessoas são mais inteligentes do que isso”, afirmou.

Questionado se o consumidor que aderir agora a um plano 4G não irá se arrepender, Bernardo disse acreditar que o consumidor saberá identificar a melhor tecnologia para o seu perfil.

“Não quero fazer propaganda das empresas. Eu estou usando 4G e gostei muito. Agora se você tem um uso moderado, acho que o 3G vai resolver”, disse. “O que vai levar o cliente para o 4G é que, de fato o 3G, está sobrecarregado, deficiente”, acrescentou.

Para o ministro, a migração de clientes para o 4G ajudará também a melhorar a qualidade do serviço 3G. “A pessoa vai optar. Tem a questão de preço, do aparelho, que precisa comprar outro [quem migrar para o 4G]. Mas são duas opções boas e os brasileiros vão saber aproveitar”, afirmou. "O 3G é uma tecnologia boa, o probelma é que está sobrecarregado. Tem um tráfego extremamente pesado", avaliou.

Bernardo reconheceu que o serviço de telefonia móvel ainda é caro no Brasil e demanda uma melhor qualidade na prestação do serviço, e defendeu a redução da carga tributária sobre telecomunicações bem como o aumento dos investimentos em infraestrutura, sobretudo para o serviço 3G.

Segundo Bernardo, apesar do lançamento da tecnologia 4G, o serviço 3G continuará se expandindo no país, dentro de uma tendência de massificação do uso e maior disputa entre as operadoras, o que contribuirá também para a queda dos preços.

Ele citou uma previsão da associação mundial de tecnologia móvel que projeta que o número de dispositivos móveis no Brasil, incluindo celular modem e tablets, vai subir dos 65 milhões do início do ano para 130 milhões até o fim de 2014, incluindo o 3G e o 4G. “Vai dobrar em um ano e meio”, destacou Bernardo.

Cronograma do 4G
Com o lançamento do 4G nesta terça-feira pela Vivo e pela TIM, o ministro afirmou que foi cumprido o cronograma inicial que previa o lançamento do serviço até o dia 30 de abril em todas as 6 cidades da Copa das Confederações, com cobertura de pelo menos 50% nas áreas urbanas.

“Até dezembro, todas as 12 cidades da Copa terão o 4G e, depois, até junho do ano que vem, todas as cidades com mais de 500 mil habitantes”, explicou Bernardo.

O ministro afirmou ainda que a partir do começou de 2014 começará a ser oferecida a tecnologia de quarta geração também para as áreas rurais do país.

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