O dólar mudou de rumo e passou a operar em queda nesta terça-feira (11), após mais duas ações do Banco Central, depois de a moeda ter ultrapassado o patamar de R$ 2,16. O BC realizou, nesta manhã, dois leilões de swap cambial tradicional – que equivalem a uma venda futura de dólares – e conseguiu reduzir a alta da moeda.
Por volta das 14h15, no entanto, a queda já estava bem menos acentuada, em apenas 0,02%, com a moeda cotada a R$ 2,1475. A baixa aqui também acompanhava uma tendência de queda do dólar nos mercados internacionais. Veja a cotação
O mercado também aguarda possíveis novas medidas do governo, depois que foi confirmada uma reunião do ministro da Fazenda, Guido Mantega, com a presidente Dilma Rousseff, no final da tarde desta terça.
Foi o segundo dia seguido de ação do BC sobre o mercado de câmbio. Na segunda, também foram realizados dois leilões de swap cambial.
Ainda assim, o dólar fechou a segunda-feira cotado a R$ 2,1479, alta de 0,71%. A última vez que o BC havia feito dois leilões de swap num mesmo pregão foi no dia 26 de dezembro, quando a moeda rondava R$ 2,08.
No mês, até o último fechamento, o dólar acumula alta de 0,26% ante o real. No acumulado do ano, a valorização já supera os 5%.
Nos últimos dias a demanda pela moeda americana segue aquecida pelo debate em torno do rumo da política monetária norte-americana e a possível redução de estímulos por parte do Fed (banco central dos Estados Unidos).
A alta do dólar no Brasil, que ocorre na esteira de um movimento global de valorização da moeda americana, é potencializado no país pela persistente deterioração nas expectativas para a economia doméstica.
Lá fora, cresce também o temor de retirada de estímulos monetários por parte de importantes bancos centrais do mundo. O BC do Japão manteve a política monetária inalterada e não estendeu os prazos de um programa de oferta de recursos a juros baixos.