12/06/2013 19h51 - Atualizado em 12/06/2013 20h05

'Não acredito que a população esteja pessimista', diz ministro da Fazenda

Segundo Mantega, inflação já começou a cair e continuará a recuar.
Ele disse que economia para pagar juros será de 2,3% do PIB em 2013.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou nesta quarta-feira (12) não acreditar que a população brasileira esteja pessimista. Segundo ele, pesquisa divulgada nesta semana mostra um nível de aprovação "altíssimo" à presidente Dilma Rousseff.

"Não há um problema de comunicação e não acredito que a população esteja pessimista. Houve uma preocupação elevada da população com a inflação no início do ano por conta dos preços dos alimentos. A boa noticía é que a inflação de alimentos está caindo rapidamente. O tomate, a farinha de mandioca, os hortifrutigranjeiros, todos caíram. As carnes também vêm caindo. Está caindo o açúcar. A tendência é de queda da inflação", declarou ele.

Também nesta quarta, a presidente Dilma Rousseff afirmou que a inflação no país está sob controle e que o governo tem "todas as condições" de conter uma alta que fuja ao controle.

"É muito importante  que o Brasil tenha uma visão do seu futuro condizente com a situação real em que vive, e a situaçao real em que o Brasil vive é inflação sob controle, contas públicas sob controle. Isso significa que quando nós olhamos o entorno, a relação do Brasil com vários componentes que caracterizam os indicadores macroeconomicos é muito saudável", afirmou a presidente.

Despesas sob controle
Mantega também assegurou que a economia do setor público para pagar os juros da dívida pública neste ano, o chamado "superávit primário", será de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme foi divulgado em maio deste ano, na revisão do orçamento de 2013.

"As principais despesas do governo estão absolutamente sobre controle. Haverá melhoria da arrecadação nos próximos meses, já a partir de maio. Além disso, estamos contendo as principais despesas", afirmou Mantega, que tem sido criticado por analistas por aumentar os gastos públicos - que impactam para cima a inflação.

Segundo ele, caso se verifique que o governo terá dificuldade em atingir um superávit primário de 2,3% do PIB neste ano, novos bloqueios de gastos serão feitos. No mês passado, já foi anunciado um corte de R$ 28 bilhões na peça orçamentária de 2013. 

"Estamos muito bem com o desempenho fiscal. As principais despesas do governo estão caindo e estão sob controle. Não procedem estas críticas [de economistas]. Fazemos um monitoramento permanente das contas públicas. Colocamos o orçamento no sistema no mês passado e já fizemos um contingenciamento ]bloqueio] de 10% da despesa corrente de todos ministérios, com exceção de Saúde e Educação", afirmou o ministro.

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