12/06/2013 17h50 - Atualizado em 12/06/2013 18h12

Bovespa tem 4ª queda seguida e já acumula perda de mais de 8% no mês

Nesta quarta-feira, Ibovespa caiu 1,18%, para 49.180.
Bolsa brasileira segue no menor patamar desde agosto de 2011.

Do G1, em São Paulo

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) aprofundou as perdas nesta quarta-feira (12), chegando a cair 2% durante o pregão, pressionada pelo mau humor externo e preocupações com a saúde da economia doméstica.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuou 1,18%, aos 49.180 pontos, mantendo-se no pior patamar desde agosto de 2011. Veja a cotação

No mês de junho, o índice já acumula perda de 8,09%. No ano, a queda é de 19,31%.

O giro financeiro do pregão desta quarta foi de R$ 8,21 bilhões. Na mínima da sessão, o Ibovespa chegou a cair 2,06%.

A Bovespa acompanhou o movimento de Wall Street, onde osprincipais índices perderam força e mostravam viés negativo, com investidores cautelosos diante da preocupações de que a era de estímulos monetários abundantes esteja perto do fim.

OGX cai mais de 10%
As blue chips pesavam no índice, com destaque para a petrolífera OGX, que afundou mais de 10%, a R$ 1,04.

Segundo o sócio-diretor da Intrader Corretora, Anderson Luz, o fato do controlador Eike Batista ter reduzido sua participação na companhia azedou de vez o humor do mercado. "Se o próprio dono está se desfazendo das ações, provavelmente não é um bom negócio", disse ele à Reuters.

A fabricante de papel para embalagens Klabin também teve forte queda, após a companhia anunciar na noite da véspera que construirá sozinha nova fábrica no Paraná, o chamado Projeto Puma, e fará uma emissão R$ 1,7 bilhão em units para tocar o projeto. A ação da companhia caiu mais de 9%.

"O projeto parece muito interessante do lado operacional, mas no curto prazo existe a pressão de aumento do endividamento, consumo de fluxo de caixa, além de uma oferta de papéis que acaba gerando diluição para os acionistas", disse Alves.

Nesta sessão, os agentes também operavam sob a expectativa de que o governo brasileiro anuncie em breve novas medidas para fortalecer a situação fiscal do país.

Os negócios na Bovespa também sentiam influência dos vencimentos de opções sobre Ibovespa e de índice futuro. "Devemos ter um dos vencimentos mais ativos dos últimos anos", disse o Credit Suisse em email enviado a clientes, citando o impacto da zeragem do IOF para investimentos estrangeiros em renda fixa, o que tornou menos atrativas operações como cash and carry (compra de ações do Ibovespa casada com venda de contratos do índice no mercado futuro).

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