O Conselho de Administração da ViaVarejo aprovou nesta quinta-feira (13) a realização de uma oferta pública de ações da companhia criada em 2009, a partir de negócios do Pão de Açúcar, Casas Bahia e Ponto Frio.
Segundo comunicado ao mercado, haverá "distribuição primária e secundária de units compostas por uma ação ordinária e duas ações preferenciais de emissão da companhia, a serem listadas para negociação no segmento Nível 2" da Bovespa.
A oferta de ações significará tanto um aporte de recursos para o caixa da empresa como uma mudança da distribuição acionária, uma vez que também está prevista uma oferta secundária, com venda dos sócios controladores.
Embora esteja já listada na Bovespa, as ações da companhia praticamente não são negociadas, por não possuírem liquidez.
O conselho da Viavarejo recomendou os bancos Credit Suisse e Bradesco BBI como coordenadores da operação.
A empresa não informou a data em que ocorrerá as ofertas. "A companhia manterá seus acionistas e o mercado informados acerca de quaisquer desdobramentos relevantes a respeito da oferta", informou o comunicado.
A iniciativa de levar a empresa ao mercado foi tomada pela família Klein, antiga dona das Casas Bahia. Os Klein possuem 47% do capital da Via Varejo – que inclui, Ponto Frio, Casas Bahia e Nova Pontocom. O Grupo Pão de Açúcar possui 52,4%. Os outros 0,6% estão nas mãos de pequenos investidores.
As famílias Diniz, do Pão de Açúcar, e Klein anunciaram em dezembro de 2009 acordo para uma associação envolvendo a então Globex (dona do Ponto Frio) e Casas Bahia. Pouco tempo depois, o negócio foi paralisado com os Klein tentando obter condições mais favoráveis. A fusão foi retomada em julho de 2010.
No primeiro trimestre, a Via Varejo registrou lucro líquido de R$ 99 milhões, resultado mais de seis vezes maior do que os R$ 15 milhões apurados um ano antes.