06/05/2013 07h32 - Atualizado em 06/05/2013 07h33

Presidente egípcio afirma que país fechará acordo com FMI em um mês

Mohammed Mursi espera empréstimo de US$ 4,8 bilhões até julho.
'Resolução ainda depende de divergências singelas', afirmou à agência.

Da EFE

O Egito fechará o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber um empréstimo de US$ 4,8 bilhões "no final de maio ou no início de junho", embora ainda dependa da resolução de "algumas divergências singelas", afirmou o presidente egípcio, Mohammed Mursi.

Em entrevista exclusiva à agência de notícias Efe, Mursi explicou que as negociações para a conclusão do empréstimo, considerado vital para a economia do país árabe, estão sendo encaminhadas "positivamente" e serão concluídas depois que o Parlamento aprovar um pacote de reformas legais.

O presidente reconheceu que o programa do empréstimo inclui a "racionalização dos subsídios", principalmente dos energéticos, embora tenha insistido que o acordo não afetará os cidadãos de baixa renda.

"As negociações ainda continuam entre nós e o FMI. Prevejo que terminaremos o acordo no final de maio ou no início de junho. No entanto, existem ainda algumas divergências singelas nos pontos de vista sobre como esse acordo deve ser", assinalou.

Segundo Mursi, a premissa para as autoridades egípcias é que o programa não deve afetar que tenha baixa renda, enquanto o papel do FMI deve se limitar à "assessoria e experiência no âmbito do desenvolvimento econômico".

Recentemente, o FMI explicou que o Egito poderá ter acesso a quase US$ 2 bilhões do empréstimo no primeiro lote, sendo que o restante será repassado a cada três meses. O valor do empréstimo deverá ser devolvido após três anos a uma taxa de juros de entre 1,1% e 1,5%.

"Há problemas imediatos que é preciso ser solucionado e que afetam o cidadão, como o tema dos subsídios, sobretudo aos combustíveis", indicou Mursi, que ressaltou que "em poucas semanas" essas pendências deverão estar solucionadas.

Ao longo da entrevista, o presidente quis deixar claro que os subsídios estatais aos produtos básicos e energéticos entre as camadas sociais com menos recursos serão mantidos, mas somente para "merecer".

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