07/11/2013 07h17 - Atualizado em 07/11/2013 07h20

Faltam máquinas para perfurar poços no sertão do Ceará

Poços poderiam amenizar os efeitos da longa estiagem.
Tem agricultor que espera por isso há 10 anos.

Do Globo Rural

A água que abastece 200 famílias vem do subsolo. O poço garante a sobrevivência do pequeno povoado em Massapê, no sertão do Ceará, durante a seca que já dura três anos.

Onde não tem poço está cada vez mais difícil conseguir água. Muitas comunidades rurais dependiam de rios que secaram completamente e agora estão sem alternativa de abastecimento.

Em outra localidade de Massapê, o que restou do reservatório deve durar apenas mais um mês.

Há 10 anos, a comunidade solicita um poço à Superintendência de Obras Hídricas do Ceará, Sohidra, ligada ao governo do estado, mas até agora, nada.

O caso não é único. Este ano, 2,6 mil comunidades rurais pediram poços ao governo, mas apenas 350 tiveram resposta. A informação é de que existem apenas sete máquinas em operação para os 184 municípios do estado.

Desde que a seca se mostrou mais severa, apenas uma nova máquina entrou em operação. Outras quatro foram adquiridas pelo Governo Federal e serão repassadas ao Ceará, mas a entrega está prevista somente para maio do ano que vem. Até lá, o ritmo de perfuração vai continuar a ser de, no máximo, 30 poços por mês.

A Sohidra disse que trabalha no limite da capacidade e explica que há critério para escolha das comunidades. “A prioridade é atender os municípios que estão com problema de abastecimento de água”, diz Leão Montezuma, superintendente da Sohidra.

tópicos:
veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de