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Vendas do 'Manifesto comunista' disparam no Reino Unido

Penguin republicou clássicos em edição comemorativa e o livro de Marx e Engels foi o mais vendido
O pensador alemão Karl Marx Foto: Agência O Globo
O pensador alemão Karl Marx Foto: Agência O Globo

RIO — As vendas do "Manifesto comunista", escrito por Karl Marx e Friedrich Engels, alavancaram após a editora Penguin lançar uma edição especial do livro a 80 pence (cerca de R$ 3,60), com 1.700 exemplares sendo adquiridos por leitores do Reino Unido na semana passada.

O livro faz parte de uma coleção lançada pela editora para marcar os 80 anos desde que Allen Lane lançou os primeiros livros de bolso da Penguin a um módico preço de seis pence.

Além do manifesto, clássicos de grandes nomes da literatura como Jane Austen, Edgar Allan Poe, Emily Brontë e Nietzsche estão na coleção, que já vendeu ao todo cerca de 70,5 mil cópias, de acordo com a Nielsen BookScan. Com o sucesso, a editora prepara a reimpressão de outras 100 mil cópias, mesmo após uma tiragem inicial de um milhão.

"Há uma enorme quantidade de escritores que são realmente maravilhosos, mas um pouco intimidadores - quem realmente quer ler o diário de Samuel Pepys inteiro? Mas escolhendo a parte do "Grande incêndio de Londres" - quem não iria querer ler isso?", diz o diretor de publicações Simon Winder ao " Guardian ".

Joseph Knobbs, da livraria britânica Waterstones, acredita que o fato de ser um clássico redescoberto também reacende o frescor desses livros: "Eu também acredito que todo mundo ama a ideia de um clássico redescoberto - a ideia de que a escrita perdura tão fortemente que não pode ser ignorada mesmo 100 anos depois. Parece uma garantia de que não será um desperdício de tempo".