21/05/2013 12h05 - Atualizado em 21/05/2013 12h33

Para CNI, fatia de produto brasileiro no mercado mundial deve subir 30%

Entidade defende que parcela suba de 1,7% do total para 2,2% até 2022.
CNI divulgou nesta terça estudo com propostas para a indústria.

Fábio AmatoDo G1, em Brasília

A indústria tem enfrentado sérias dificuldades de alguns anos para cá"
Robson Andrade, presidente da CNI

A participação de produtos industrializados brasileiros no mercado mundial deverá subir cerca de 30% até 2022, aponta o estudo “Mapa Estratégico da Indústria” divulgado nesta terça-feira (21) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

De acordo com a CNI, atualmente os manufaturados de origem no Brasil têm participação de 1,7% no mercado mundial. A meta da entidade é que, até 2022, ela chegue a 2,2%.

O estudo também prevê que, no mesmo período, a produtividade média da indústria, que cresceu a uma taxa anual de 2,3% nos últimos 20 anos, passe a crescer na faixa de 4,5%. E aponta para a necessidade de se elevar a taxa de investimento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) no país 18,1%, em 2012, para 24%, em 2022.

“A indústria tem enfrentado sérias dificuldades de alguns anos para cá e temos visto a indústria reduzir a sua participação no PIB nacional. O que nós estamos procurando aqui são propostas que façam com que a indústria brasileira, a indústria de transformação, possa retomar um espaço importante”, disse Robson de Andrade, presidente da CNI.

Dez pontos
O estudo da CNI apresenta dez pontos para se elevar a produtividade e a competitividade no Brasil. Entre eles está o aumento dos investimentos em educação, melhoria da gestão dos gastos públicos, dobrar os investimentos em infraestrutura, além de simplificação e mais transparência na estrutura tributária.

De acordo com Andrade, o impasse nas discussões sobre a reforma do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um dos nós que atrapalha o desenvolvimento da indústria no país.

Presente ao lançamento do estudo, a secretária de Desenvolvimento da Indústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Heloísa Regina Guimarães Menezes, disse que o governo brasileiro já vem adotando as medidas relacionadas no documento e citou como exemplo o lançamento dos pacotes para investimento em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

Sobre a reforma do ICMS, a secretária apontou que o governo fez a sua parte ao levar o tema à discussão. Entretanto, apontou ela, neste momento não é possível avançar em uma mudança na cobrança do ICMS no país por que não há consenso entre União e os Estados.

“O governo fez a sua parte ao propor e negociar medida que resolveria, no curto e no médio prazo, grande parte do cipoal tributário do ICMS. Infelizmente, houve dificuldade de aceitação porque ela passa necessariamente por um pacto federativo, que não foi possível alcançar nesse momento”, disse ela.

tópicos:
veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de