O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, pediu nesta terça-feira (18) que os líderes do movimento que luta contra o aumento nas tarifas do transporte público mantenham contato com os oficiais da Polícia Militar a fim de garantir a segurança na próxima manifestação, marcada para esta terça, às 17h, na Praça da Sé. O acordo foi firmado entre representantes do movimento e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) antes do protesto de segunda-feira (17).
(O G1 acompanhou em tempo real a manifestação, em fotos e vídeos: veja aqui.)
O ato levou 65 mil pessoas a vias importantes da cidade, como a Avenida Faria Lima, a Marginal Pinheiros e a Avenida Paulista. Um tumulto isolado aconteceu em frente ao Palácio dos Bandeirantes, na Zona Sul da capital paulista. Manifestantes arrombaram um portão, atiraram rojões contra policiais e vandalizaram dois ônibus nos arredores. A PM reagiu e não houve invasão.
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Em nota, ele elogiou a manifestação que levou 65 mil pessoas às ruas de São Paulo na noite de segunda-feira (17). “O secretário parabeniza os manifestantes e a polícia pelo ato majoritariamente pacífico de ontem e também a população paulistana que soube respeitar e apoiar uma demonstração de civismo”, diz nota divulgada pela SSP.
Após o confronto entre manifestantes e policiais militares na noite da última quinta-feira (13), Grella anunciou, no domingo (16), uma mudança nos procedimentos para acompanhar os protestos. O uso de balas de borrachas foi descartado assim como a mobilização da Tropa de Choque. A PM foi orientada a agir, durante as manifestações, somente em caso de provocação e vandalismo.
O governo do estado disse que reconhece que o protesto a cada dia ganha força e que espera os acontecimentos para compreender a demanda dos manifestantes. Com relação à tarifa da passagem do Metrô, a princípio, ela não cai e segue em R$ 3,20.
Bandeirantes (Foto: Kleber Tomaz/G1)
Palácio dos Bandeirantes
Nesta manhã de terça, o Palácio dos Bandeirantes passou por trabalhos de manutenção para apagar os sinais do confronto da noite anterior. Muros foram pintados e o portão era reparado no início da tarde. Manifestantes continuavam em frente à sede do governo paulista. Diferentemente da noite anterior, o clima era tranquilo. Eles organizaram um café da manhã e chegaram a auxiliar na limpeza da Avenida Morumbi, onde uma fogueira foi feita durante a madrugada. A via ficou parcialmente bloqueada, o que complicou o tráfego. A polícia acompanhou o ato à distância.
5º dia de protesto
As passeatas começaram pouco depois das 17h desta segunda-feira (17) no Largo da Batata, em Pinheiros, e passaram por ruas da região central, percorreram a Marginal Pinheiros e chegaram à sede do governo do estado.
As milhares de pessoas que inicialmente estavam concentradas em Pinheiros se dividiram pela cidade quando o ato começou. Uma parte seguiu pela Marginal Pinheiros, outra pela Avenida Faria Lima e um terceiro grupo ocupou a Avenida Paulista. Houve ainda protesto na frente da Assembleia Legislativa de São Paulo. O trajeto dos grupos foram apenas acompanhados pelos policiais, que não interviram e nem impediram a ocupação de vias.