Economia

UE aprova corte no Orçamento pela primeira vez em sua história

Montante cairá de 975 bilhões de euros para 960 bilhões de euros para o período de 2014 a 2020

BRUXELAS - O Parlamento da União Europeia aprovou o primeiro corte em seu orçamento desde a criação do grupo de 28 países. O montante cairá de 975 bilhões para 960 bilhões de euros para o período de 2014 a 2020. O presidente Herman Van Rompuy avaliou o compromisso como "um orçamento realista para a Europa". O valor proposto pela gabinete da UE era de 1 trilhão de euros.

O orçamento ficou cerca de 40 bilhões de euros abaixo das primeiras propostas apresentadas pelo escritório central da União Europeia, que queria mais recursos para investimentos e programas de incentivo ao emprego.

O parlamento se reuniu nesta terça-feira, em Estrasburgo, na França, e aprovou a proposta de orçamento por 537 votos a 126, com 19 abstenções.

- A difícil situação orçamentária dos estados-membros resultou pela primeira vez em um orçamento menor - disse Jean-Luc Dehaene, um dos negociadores do acordo no parlamento europeu. - Isto é especialmente problemático, na medida em que o orçamento deveria ser maior para compensar os investimentos em queda.

O governo da Grã-Bretanha foi o primeiro a "martelar" internamente a mensagem de que a UE deveria limitar os gastos.

Também nesta terça-feira, a Corte Europeia determinou que os estados-membros da UE tem direito de bloquear o aumento automático de 1,7% nos salários oficiais da UE feito em 2011. Os juízes aceitaram a alegação de que a difícil situação econômica mundial era suficiente para negar os reajustes.

Novamente, representantes da Grã-Bretanha comemoraram a decisão:

- Quando governos e famílias por toda a Europa estão tomando decisões difíceis para fazer economias, seria errado e irresponsável que a UE não demonstre restrições semelhantes - disse o secretário britânico do Tesouro, Nicky Morgan.