O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que a Polícia Militar deverá agir com rigor para proteger o patrimônio público e privado durante as manifestações. A entrevista foi nesta quarta-feira (19), em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, onde o governador foi anunciar novas obras para a despoluição do rio Tietê.
Vidraça interna da prefeitura de SP foi quebrada(Foto: Tatiana Santiago/G1)
“Primeiro eu queria dizer todo nosso apoio para manifestação. Manifestação legítima, uma manifestação pacífica, uma manifestação ordeira. De outro lado, não é possível tolerar a ação de vândalos, de uma minoria que depreda patrimônio público e privado, que fez saques, que põe em risco a vida da população. A polícia agirá com rigor no sentido de que não permitirá a ação de vândalos, seja colocando a vida das pessoas em risco, seja promovendo destruição do patrimônio”, disse o governador.
O subprefeito da Sé, Marcos Barreto, disse na manhã desta quarta que 29 estabelecimentos privados, entre agências bancárias e lojas, foram danificados na noite desta terça-feira (18), durante o sexto dia de manifestações contra o aumento de tarifas do transporte público.
Um grupo tentou invadir o prédio da Prefeitura e pichou a fachada do Theatro Municipal, todos na região central. Foram detidas 69 pessoas. A manifestação aconteceu pacificamente na Avenida Paulista e em outros pontos da cidade. O governador não comentou a ação da PM durante o sexto dia de protestos.
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“É preciso separar as coisas. A grande maioria é de manifestações legítimas, mas essa minoria não pode comprometer uma manifestação legítima”, disse Alckmin. Ele pediu ainda que os líderes do movimento se posicionem contra o vandalismo. “Aos jovens líderes do movimento, liderança impõe responsabilidade, devem claramente condenar essas ações de vandalismo e de baderna que prejudicam a população”, disse
O governador justificou o reajuste do preços das passagens do trem e do metrô e voltou a dizer que o aumento foi abaixo da inflação. “Se não tivesse inflação não teria reajuste. Nós já seguramos seis meses. Depois o reajuste foi dado e foi menor que a inflação”, falou. Alckmin disse ainda que muitos usuários não pagam o valor da passagem, por terem gratuidade ou pagarem só a metade do valor, casos de aposentados e estudantes. “Agora, mesmo com tudo isso e o fato do reajuste ser menor, nós estamos sempre abertos ao diálogo”, completou.
