Após um início de sessão instável, o dólar firmava uma tendência de queda com investidores atraídos pela perspectiva de juros mais altos no Brasil. A instabilidade externa, com a paralisação parcial do governo dos Estados Unidos contribuia para limitar a queda.
Perto das 12h20 (horário de Brasília) desta terça-feira (1º), a moeda norte-americana tinha queda de 0,15%, cotada a R$ 2,2129 para a venda. Veja cotação
A paralisação parcial do governo dos EUA, após o Congresso não conseguir chegar a um acordo sobre o projeto de lei com fundos de emergência até meia-noite de segunda-feira, enfraqueceu o dólar em relação a moedas de economias desenvolvidas, destaca a agência Reuters.
Na segunda-feira, o dólar fechou cotado a R$ 2,2163 para a venda, baixa de 1,83%, fechando setembro com a maior queda mensal em quase dois anos.
O Banco Central aumentou sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014. De acordo com o Relatório Trimestral de Inflação do BC, divulgado na segunda-feira, a inflação oficial deve subir 5,7% no próximo ano, ante estimativa anterior de 5,4%.
A elevação na estimativa abre espaço para um cenário de Selic mais elevada no ano que vem, o que tornaria o real mais atrativo em relação a outras moedas e traria investimentos ao país.
Também tem contribuído para o movimento de desvalorização do dólar o programa de intervenção diária do Banco Central. Nesta terça-feira, foram vendidos todos 10 mil contratos ofertados de swap cambial tradicional com vencimento em 3 de fevereiro de 2014, cujo volume financeiro foi equivalente a US$ 497,8 milhões.