19/06/2013 15h27 - Atualizado em 19/06/2013 15h27

Agnelo diz que tarifa de ônibus fica sem aumento até dezembro de 2014

'Vamos manter o preço atual. Não terá aumento aqui no DF', disse.
Estudantes organizam manifestação nesta quarta por passe livre.

Do G1 DF

As tarifas do transporte coletivo do Distrito Federal permanecerão sem reajuste até o final do ano que vem, afirmou nesta quarta-feira (19) o governador Agnelo Queiroz. “Vamos manter o preço atual. (...) Não terá aumento aqui no DF”, disse, em entrevista ao DFTV. A tarifa custa, na maior parte das linhas, R$ 2.

No DF, uma licitação vai promover até o final do ano a renovação da frota de ônibus da capital. “Conseguimos fazer a licitação com esse preço. Ele será mantido. Quando tiver remuneração, será a remuneração dos permissionários do transporte. Então é remuneração técnica, não do aumento da passagem”, disse o governador.

Conseguimos fazer a licitação com esse preço. Ele será mantido. Quando tiver remuneração, será a remuneração dos permissionários do transporte. Então é remuneração técnica, não do aumento da passagem"
Agnelo Queiroz, governador do DF

A tarifa técnica é a diferença entre o valor cobrado do governo pela empresa de transporte e o que é pago pelo passageiro. Essa diferença é a parte subsidiada pelo governo. Assim, quando a tarifa técnica é de R$ 2,80, o passageiro paga R$ 2 pela passagem e o GDF repassa mais R$ 0,80 para a empresa.

Com a licitação, 3 mil novos ônibus estarão nas ruas até o final do ano. Cerca de 40% da nova frota deve estar em circulação já no início de julho, segundo o GDF. O Distrito Federal foi dividido em cinco regiões (bacias), que serão operadas por apenas uma empresa ou consórcio na área licitada.

O reajuste das tarifas de transporte em São Paulo deu origem à onda de manifestações em várias cidades do país. Depois do início dos protestos, sete capitais anunciaram redução nas passagens de ônibus – Cuiabá, João Pessoa, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife e Vitória.

Com exceção de Cuiabá e Porto Alegre, as outras cinco cidades já haviam aumentado o preço neste ano, mas acabaram voltando atrás.

Passe livre
Nesta quarta, estudantes organizam uma manifestação na rodoviária do Plano Piloto em defesa do passe livre. O ato está previsto para ter início às 17h, com concentração em frente ao Museu da República.

O governador Agnelo disse apoiar as manifestações. "Protesto aqui é rotina, é quase diário. Isso aqui é a capital da democracia", afirmou. "A mobilização é muito importante, é da cidadania, a participação do cidadão para melhorar sua cidade, seu país, e isso é legítimo."

A Polícia Militar anunciou que colocará 580 homens na Esplanada dos Ministérios para acompanhar o protesto. Duas faixas do Eixo Monumental serão fechadas pelo Batalhão de Trânsito. O protesto foi convocado pelas redes sociais.

O GDF tem orçamento de R$ 905 milhões para o transporte público em 2013, segundo afirmou ao G1 o vice-governador do DF, Tadeu Filippelli, em entrevista publicada no dia 26 de maio.

Segundo ele, a isenção do PIS/Cofins das tarifas de transporte, anunciada pelo governo federal no mês passado, proporcionariam uma economia mensal de R$ 33 milhões aos cofres do DF. No metrô, a economia poderia chegar a R$ 5 milhões.

Fachada do Congresso, onde ficam jornalistas, também foi tomada por manifestantes no protesto em Brasília (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)Fachada do Congresso tomada por manifestantes no protesto em Brasília (Foto: Marcello Casal Jr/ABr)

Protestos
Na segunda, mais de 250 mil pessoas saíram às ruas em várias cidades do país para protestar contra o aumento das tarifas de transporte, a violência urbana, os custos da Copa do Mundo e a precariedade dos serviços públicos, entre outras reivindicações. Manifestações aconteceram em 12 capitais e em várias cidades do interior.

Na segunda-feira, cerca de 10 mil pessoas se reuniram na Esplanada para protestar contra o aumento das tarifas de transporte, a violência urbana, os custos da Copa do Mundo, a precariedade do serviço público, entre outras reivindicações. Os manifestantes chegaram a ocupar a marquise do Congresso Nacional. Houve confronto com a polícia e duas pessoas acabaram presas.

Manifestações aconteceram em 12 capitais e em várias cidades do interior. A estimativa é que mais de 250 mil pessoas saíram às ruas. A maioria das manifestações foi pacífica, mas houve casos de confrontos com policiais e depredação de estabelecimentos comerciais e prédios públicos em várias cidades.

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