19/06/2013 16h58 - Atualizado em 19/06/2013 17h21

Mantega diz que governo tem 'bala na agulha' contra volatilidade do dólar

É preciso esperar 24 horas para ter certeza sobre decisão do Fed, disse.
'Mercado se reposiciona para ganhar e depois se acalma', afirmou ele.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

O Ministério da Fazenda e o Banco Central têm "muita bala na agulha" para evitar uma "volatilidade excessiva" (sobe e desce de cotações de forma rápida e intensa) no mercado de dólar, avaliou nesta quarta-feira (19) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele se referia ao patamar de mais de US$ 370 bilhões das reservas internacionais brasileiras.

"O BC e a Fazenda estarão atentos para evitar volatilidade excessiva. Temos muita bala na agulha para fazer isso. Temos muitas reservas, muito dólar em carteira. É uma situação sob controle, mas que tem alguma instabilidade passageira até essa situação se acomodar em outro patamar", declarou ele a jornalistas.

Questionado sobre o anúncio do Federal Reserve (o banco central dos Estados Unidos) de que o estímulo monetário começará a ser reduzido no fim deste ano, e será encerrado no meio de 2014, se as projeções para a economia se confirmarem, segundo declarações de Ben Bernanke, presidente da instituição, o ministro Mantega declarou que é preciso esperar.

"Temos que esperar 24 horas se eles confirmaram que estarão reduzindo os estímulos monetários. Se vão mais rápido ou mais devagar. Hoje, colocam US$ 86 bilhões por mês [no mercado por meio da compra de títulos públicos]", afirmou o ministro da Fazenda brasileiro.

O ministro da Fazenda avaliou que a volatilidade no mercado de câmbio é um fenômeno "passageiro". "Vai amainar. A volatilidade [e grande em um primeiro momento e há uma acomodação no segundo momento [depois da decisão do Federal Reserve]. O mercado se reposiciona para ganhar e depois se acalma", afirmou ele.

Após uma manhã instável, o dólar passou a subir na tarde desta quarta-feira (19), depois que o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, decidiu manter o ritmo mensal de  compras de ativos mas afirmou que os riscos para o crescimento da maior economia do mundo caíram nos últimos meses. Perto das 16h, a moeda norte-americana era vendida a R$ 2,201, em alta de 1,03%. Veja a cotação

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