A agência de risco Standard&Poor's rebaixou a nota da OGX, a petrolífera de Eike Batista de "CCC-" para "D", a menor classificação de risco de sua escala, equivalente ao último grau de calote, segundo a agência divulgou nesta terça-feira (1º).
A redução da nota ocorreu após a empresa deixar de pagar cerca de US$ 45 milhões em juros para credores e foi este o motivo alegado pela agência.
A petroleira OGX comunicou ao mercado que não vai pagar a seus credores cerca de US$ 45 milhões das parcelas referentes a juros de dívidas emitidas pela empresa no exterior que vencem nesta terça.
A decisão da OGX - que tem pouco dinheiro disponível e lida com um fracasso em sua campanha exploratória - pode ser o primeiro passo do que pode vir a ser o maior calote da história por uma empresa latino-americana, destaca a Reuters.
"A redução segue a falha da empresa, em 1º de outubro, de pagar as taxas de juros nas dívidas com vencimento em 2022", diz a nota da S&P. "Não acreditamos que a empresa irá pagar os juros em cinco dias, que é o período esabelecido por nossos critérios, e acreditamso que isso indica um calote geral e que a companhia irá reestruturar sua dívida."
A análise também é baseada no fato de a empresa ter geração de caixa quase nulo, diz a agência. As reservas de caixa da empresa somavam aproximadamente US$326 milhões em 30 de junho de 2013, diz a S&P.
A S&P havia rebeuixado a nota da empresa no mês de agosto, para "CCC-".
