01/10/2013 19h03 - Atualizado em 01/10/2013 19h03

Greve dos bancários fecha mais da metade das agências, diz Contraf

Segundo balanço da entidade, 11.016 agências pararam nesta terça.
Greve começou no dia 19 e, entre as exigências, está o reajuste de 11,93%.

Do G1, em São Paulo

A greve dos bancários mantém mais da metade das agências do país fechadas, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (30) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

De acordo com a entidade, os bancários fecharam 11.016 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta terça. Com isso, a greve, que começou na última quinta-feira (19), atinge 51,2% das agências, considerando 21.500 agências no país.

Greve
Os bancários aprovaram a paralisação por tempo indeterminado em assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, diz a Contraf.

A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.

Bancos continuam em greve em MS (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)Bancos continuam em greve no Mato Grosso do Ssul (Foto: Tatiane Queiroz/ G1 MS)

O que os bancos oferecem
De acordo com a Contraf, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) é de reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.

A Febraban diz que será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 6,1%. Com isso, o piso salarial para bancários que exercem a função de caixa passará para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas. Entre outros benefícios, estão previstos reajuste do auxílio refeição, que sobe para R$ 22,77 por dia; a cesta alimentação passa para R$ 390,36 por mês, além da 13ª cesta no mesmo valor e auxílio-creche mensal de R$ 324,89 por filho até 6 anos.

Greve dos bancários no Tocantins completa uma semana nesta quinta-feira (26) (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Greve dos bancários no Tocantins completa uma
semana nesta quinta-feira (26)
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Retirada de benefícios
A Febraban lembra que os aposentados, que começaram a receber no último dia 24 os benefícios de setembro, podem retirá-los na rede de caixas eletrônicos ou em outras agências do mesmo banco.

Para sacar no caixa eletrônico é preciso inserir na máquina e digitar a senha, pressionar a opção “saque” e escolher o valor que deseja sacar. A entidade recomenda que aposentados com dificuldade de usar o terminal eletrônico sejam acompanhados por pessoas conhecidas ou parentes. Os pedidos de ajuda só devem ser feitos a funcionários identificados do banco, nunca a pessoas estranhas.

Os caixas têm limite de saque diurno variável conforme instituição financeira e saques noturnos limitados a R$ 300,00.

Orientações
O Procon-SP avisa que a greve não desobriga o consumidor de pagar as contas em dia, mas diz que a empresa credora tem a obrigação de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.

A orientação é entrar em contato com a empresa para saber quais são as formas e locais de pagamento como internet, sede da empresa, casas lotéricas e código de barras para pagamento nos caixas eletrônicos. O pedido deve ser documentado (via e-mail ou número de protocolo de atendimento, por exemplo) para permtir a reclamação aos órgãos de defesa do consumidor, caso não seja atendido.

O consumidor não deve adquirir, sem conhecer em detalhes, pacote de serviços oferecidos por bancos, voltados a facilitar a quitação dos débitos durante a greve.

Para o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, a greve é um risco previsto nas atividades de uma instituição financeira, portanto, ela é responsável por possíveis prejuízos causados ao consumidor com a paralisação.

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