21/06/2013 09h02 - Atualizado em 21/06/2013 11h20

Prévia da inflação oficial perde força em junho, mostra IBGE

IPCA-15 desacelerou de 0,46%, em maio, para 0,38%.
Em 12 meses, índice subiu 6,67% e ultrapassou o teto da meta do governo.

Do G1, em São Paulo

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerada uma prévia da inflação oficial usada nas metas do governo, desacelerou para 0,38% em junho, após subir 0,46% em maio, de acordo com divulgação desta sexta-feira (21) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nos últimos 12 meses, o índice acumula alta de  6,67% - ultrapassando o teto da meta de inflação do governo, de 6,5% - e, no primeiro semestre, de 3,45%. Em junho de 2012 a taxa havia ficado em 0,18%.

ENTENDA A INFLAÇÃO, SUAS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

A inflação é uma alta persistente e generalizada dos preços. Provocada pelo desequilíbrio entre oferta e demanda, pelo excesso de moeda ou por gastos públicos elevados, entre outras causas, ela provoca perda do poder de compra e reduz a eficiência da economia. Leia mais

 Teve destaque nesse mês a variação dos preços de remédios, que subiram 0,65% depois de avançarem 2,94% em maio. O grupo de saúde e cuidados pessoais desacelerou de 1,30% para 0,72%. Mesmo tendo perdido força, esse grupo foi o que registrou o resultado mais alto do mês, junto com vestuário - ambos com 0,72%.

Outro item que influenciou o IPCA-15 de junho foi alimento, cuja variação de preços foi de 0,47% para 0,27% em junho. No grupo alimentação e bebidas, outros destaques partiram das quedas de preços do açaí (-12,43%), da cebola (-6,01%), do tomate (-5,02%), do óleo de soja (-3,69%), do frango inteiro (-3,45%), da farinha de mandioca (-3,41%), das hortaliças (-3,35%) e dos pescados (-2,70%).

De acordo com o IBGE, os maiors impactos partiram dos preços da gasolina (-0,93% em junho contra -0,36% em maio) e do etanol (-4,40% contra aumento de 0,38% em maio), com -0,04 ponto percentual cada. Mesmo assim, a variação do grupo dos Transportes subiu de -0,03% em maio para 0,10% em junho.

A pesquisa atribui o resultado às tarifas dos ônibus urbanos, que, liderando os maiores impactos de junho, com 0,05 ponto percentual, tiveram aumento de 1,83%, depois de caírem 0,43% em maio. Também tiveram alta os preços das passagens aéreas (de -3,41% em maio para 6,68% em junho) e das tarifas dos ônibus intermunicipais (de zero para 0,81%).

Na análise regional, a maior variação partiu do Rio de Janeiro (0,72%) e a menor, em Belém, que apresentou queda de 0,25%.

 

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