Florestas densas, capoeiras, caatingas e beira de rios e lagos são os ambientes preferidos desta ave (Foto: Rudimar Narciso Cipriani)Nome Científico:Penelope obscura
Família: Cracidae
Ordem: Galliformes
Distribuição: Desde a região amazônica (entenda-se do Sul do Rio Amazonas, indo do Maranhão para o Oeste até o Rio Madeira) até o Rio Grande do Sul. Esta ave também tem registro no Paraguai.
Alimentação: Frutos, flores, folhas e brotos, sempre no alto das copas. Só desce ao chão quando algum fruto cai.
Reprodução: Em geral a fêmea põe de dois a três ovos brancos e lisos. Até o nascimento dos filhotes, são 28 dias de incubação. A curiosidade fica por conta do ninho, feito em cipoais, no alto das árvores e também em ramos e galhos sobre a água. Até as rochas, no interior das florestas, servem para este mesmo fim. Também aproveita ninhos abandonados.
Esta ave não é pequena. Chega a medir 68 centímetros de comprimento e a ter um quilo de peso (nos maiores exemplares, diga-se). Outro nome atribuído a ela é jacu, palavra em tupi que de certo modo resume parte de sua natureza, pelo menos ao alimentar. Significa “o que come grãos”. Mas aprecia frutos, insetos e matéria vegetal.
Costuma deslocar-se ao pares ou em grupos de dez aves. Embora seja mais frequente no interior do País (matas secas, mesófilas, de galeria, buritizais, bordas de lagos e rios), também sobrevive em pequenas matas e aparece no litoral de São Paulo (em restingas e na vegetação xerofítica).
Aliás, toma banho de areia e nem se incomoda, como seus congêneres maiores, com a pressão exercida por caçadores sobre a sua espécie. Mas vale dizer: o desmatamento e a caça indiscriminada estão reduzindo drasticamente o número desta ave na natureza.
Visualmente apresenta barbela nua e vermelha, mais proeminente (triangular) no macho. Também possui um topete rudimentar e asas com largas bordas ferrugíneas. Tem mais: nos dois sexos, a íris dos olhos é vermelha.
Como aspecto comportamental, além de abrir e fechar as asas impetuosamente quando está muito agitada, tem como tique sacudir a cabeça.
Saiba mais:
Ornitologia Brasileira, de Helmut Sick.