21/06/2013 11h31 - Atualizado em 21/06/2013 12h17

Ações da Petrobras caíram 'abaixo do valor razoável', admite estatal

Presidente da empresa disse se sentir constrangida ante investidores.
Graça Foster diz que confiança do mercado voltará.

Fabíola GleniaDo G1, em São Paulo

Graça Foster, presidente da Petrobras, fala em evento nesta sexta-feira (Foto: Fabiola Glenia/G1)Graça Foster, presidente da Petrobras, fala em
evento nesta sexta-feira (Foto: Fabiola Glenia/G1)

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, admitiu que as ações da Petrobras caíram “abaixo do valor razoável”, mas garante que a estatal está trabalhando com força para recuperar a confiança dos mercados – e do valor dos papéis.

“O valor das ações da Petrobras caiu, todos sabem, abaixo do valor razoável. A expectativa era sempre de mais produção, mais produção, mais produção... e não foi possível”, disse nesta sexta-feira (21), durante evento em São Paulo.

“Estamos com um trabalho muito forte de redução de custos e todo trimestre eu tenho mostrado para o mercado. À medida que eu mostre que estamos com os nossos custos controlados, eu vou reconquistar a confiança do mercado. (...) Há um grande constrangimento de minha parte com relação à perda dos investidores por conta da diferença das ações, mas o trabalho é muito transparente.”

A presidente da Petrobras fez questão de dizer que a exigência de conteúdo local não tem qualquer relação com atrasos e queda na produção da companhia. “Fizemos a contratação de 16 sondas de perfuração e todas têm conteúdo local zero. Todas contratadas no exterior e todas atrasaram de um ano a mais”, falou.

Graça Foster disse que a Petrobras vem fazendo um esforço “sobre-humano” para aumentar a produção. A expectativa é que a estatal encerre 2013 com sete novas unidades em produção. “Já colocamos quatro, temos mais três para concluir e, a partir do final do ano e ano que vem, começa a encher as plataformas. À medida que mostre nossa produção, vamos ter as ações voltando a valores razoáveis.”

Câmbio
Questionada sobre eventuais prejuízos que a recente escalada do dólar possa provocar no balanço da companhia, Graça Foster evitou se aprofundar no assunto, garantindo que é preciso esperar o último dia útil deste mês para poder quantificar a questão.. 

Mas admitiu: “A Petrobras tem uma dívida em dólar. A indústria de petróleo e gás é dolarizada, é um hedge natural. No preço, na produção, no pagamento de royalties, todas as participações governamentais. Nós temos custos, a Petrobras tem contratos em dólar”, comentou.

veja também
Shopping
    busca de produtoscompare preços de