15/05/2013 14h02 - Atualizado em 15/05/2013 14h02

Petrolífera HRT reduz prejuízo no primeiro tri para R$ 99 milhões

Resultado negativo no trimestre anterior foi de R$ 140 milhões.
Ebtida teve melhora com venda de parte do Consórcio Solimões.

Do G1, no Rio

A petrolífera HRT registrou prejuízo de R$ 99 milhões no primeiro trimestre de 2013, frente a um resultado negativo de R$ 140 milhões no trimestre anterior, informou a companhia nesta quarta-feira (15).

O Ebtida (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi negativo em R$ 98 milhões, 266% menor do que o registrado no mesmo período do ano anterior, segundo a HRT, que explica que a redução se deve principalmente ao resultado positivo gerado pela venda, no primeiro trimestre de 2012, de 45% do Consórcio Solimões para a TNK Brasil.

A melhora do Ebtida é conseguência ainda da redução das despesas com geologia e geofísica em 75%, segundo a empresa.

A companhia encerrou o primeiro trimestre com caixa consolidado de R$ 829 milhões, redução de 21% em relação ao saldo de 31 de dezembro de 2012, por conta da aplicação de recursos nas campanhas exploratórias da Bacia do Solimões e da Namíbia.

“O ano tem sido de trabalho árduo e muito progresso”, afirma Milton Franke, diretor-presidente da HRT.

O executivo ressaltou que em 2013 a companhia teve uma das suas mais importantes conquistas desde a abertura de capital: a negociação com a BP Energy do Brasil para aquisição de 60% do Campo de Polvo, na Bacia de Campos, e 100% de participação na empresa BP Energy America LLC, proprietária da plataforma fixa Polvo A e de uma sonda de perfuração, pelo valor total de R$ 135 milhões.

Segundo a companhia, a operação em Polvo e a recente confirmação da qualificação como operadora A pela ANP são marcos importantes na estratégia da companhia de diversificar seu portfólio para além dos ativos de exploração. Após a conclusão da operação em Polvo, a HRT passará a ter a quarta maior produção do Brasil, informou a petrolífera.

Na campanha exploratória de Solimões, a HRT informou que reduziu tempo e custo da perfuração. A perfuração no poço HRT-11 foi concluída em tempo recorde inferior a 60 dias e o poço está na fase de avaliação. O objetivo principal da perfuração deste poço era o de identificar a presença de hidrocarbonetos em reservatórios carboníferos da formação Juruá, encontrados na profundidade de 2.230 metros. Outro objetivo era identificar reservatórios devonianos de formação Uerê, encontrados a 2.300 metros, com acumulação de hidrocarbonetos. O poço tem profundidade final em 2.400 metros, informou a companhia.

Na Namíbia, a HRT iniciou neste trimestre a perfuração do poço Wingat-1, o primeiro poço offshore de três perfurações consecutivas previstas para este ano. O objetivo era encontrar reservatórios da plataforma carbonática Albiana, que  foram atingidos a uma profundidade de 4.050 metros abaixo do nível do mar. A HRT estima que as atividades no Wingat-1 sejam concluídas na próxima semana.

A HRT ressalta ainda que a ANP concedeu uma extensão de quatro anos para a vigência do segundo período exploratório para os 10 blocos localizados nas áreas sul e leste da Bacia de Solimões.

“Esta extensão confirma o compromisso que a HRT tem de avaliar melhor seus blocos de fronteira”, afirma Franke, acrescentando que o governo da Namíbia também concedeu extensão de todas as concessões da primeira fase de exploração dos dez blocos que a empresa opera até 2016.

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