Depois de operar em alta durante parte do dia, chegando a se aproximar do patamar de R$ 2,05, o dólar comercial mudou de direção e fechou em leve queda nesta terça-feira (21), após 5 pregões consecutivos de alta.
A moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 2,04, com exportadores aproveitarando o fortalecimento da moeda norte-americana para antecipar contratos cambiais.
O dólar fechou em queda de 0,16%, para R$ 2,0372 na venda, depois de atingir R$ 2,0475 na máxima do pregão, o maior nível intradiário desde 22 de janeiro.
Para o diretor de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel, o mercado cambial deve seguir estressado até o discurso do chairman do Federal Reserve, banco central norte-americano, Ben Bernanke, na quarta-feira. O dólar tem subido no exterior em meio a expectativas de que o Fed possa diminuir o seu programa de estímulo.
Durante a manhã, operadores locais mostravam-se mais atentos ao comportamento do Banco Central brasileiro para uma possível intervenção, mas ponderavam que o alinhamento com o exterior e a ausência de movimentos bruscos pode deixar a autoridade monetária fora do mercado por enquanto.
O dólar tem avançado em relação a várias moedas devido a recentes sinais de recuperação da economia norte-americana que podem levar a uma diminuição do programa de compra de títulos do Fed, reduzindo a oferta de dólares no mercado.
O Fed compra atualmente US$ 85 bilhões em títulos por mês com o objetivo de impulsionar a recuperação econômica do país e, caso esse estímulo seja reduzido, a disponibilidade de dólares nos mercados mundiais tende a cair.