14/05/2013 19h16 - Atualizado em 14/05/2013 19h35

Usuários das redes sociais acusam a Nintendo de homofobia

Empresa apagou opção para casamento entre dois homens em game.
'As relações humanas ficaram estranhas', disse a companhia.

Da Agência EFE

Site do game 'Tomodachi Collection: New life', da Nintendo (Foto: Divulgação/Nintendo)Site do game 'Tomodachi Collection: New life', da Nintendo (Foto: Divulgação/Nintendo)

A fabricante de videogames Nintendo foi acusada nesta terça-feira (14) de homofobia nas redes sociais após anunciar que corrigiria um "erro de software" pelo qual dois homens poderiam se casar em um de seus jogos e por tachar essas relações de "estranhas" ou "impróprias".

O jogo em questão é "Tomodachi Collection: New life", um simulador social, semelhante ao famoso "The Sims", que foi lançado no dia 28 de abril para o console portátil Nintendo 3DS.

O jogo foi o mais vendido na semana passada no Japão, mas o que chamou a atenção nas redes sociais após o lançamento foi o fato de que dois personagens masculinos podiam ficar juntos na banheira, embarcar em uma viagem romântica, se casar e adotar filhos.

Pouco depois, a Nintendo comunicou que o fato de que dois 'Mii' - os avatares que os jogadores precisam criar para jogar em vários jogos da empresa - homens pudessem ter uma relação se devia a um "erro de software", o que já vem gerando críticas na internet.

Depois, a companhia anunciou em comunicado ter "regulado e solucionado" uma série de "problemas e erros de software" do jogo através de uma atualização que poderá ser baixada em breve.

Entre esses "erros" que a empresa de Kioto lista, está o que "as relações humanas ficaram estranhas".

A empresa, que não quis se pronunciar mais sobre o tema, utilizou o adjetivo japonês 'okashii', que pode ser traduzido por "divertido", "cômico", "estranho" e até mesmo "impróprio".

A resposta provocou a ira de muitos internautas japoneses e estrangeiros em redes sociais como o Twitter, que acusaram a multinacional de ter atitude homofóbica.

Procurada pelo G1, a subsidiária brasileira da Nintendo não se pronunciou até a publicação desta reportagem.

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