23/05/2013 14h53 - Atualizado em 23/05/2013 15h38

Dívida pública fica praticamente estável em R$ 1,94 trilhão em abril

Dívida teve recuo marginal de 0,01% em abril, informa Tesouro Nacional.
No mês passado, houve resgate líquido, que compensou despesa de juro.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

A dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo, registrou queda marginal de 0,01% em abril, para R$ 1,94 trilhão, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (23) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

No mês passado, as emissões da dívida pública somaram R$ 39,41 bilhões, de acordo com o Tesouro Nacional, ao mesmo tempo em que os resgates (vencimentos) totalizaram R$ 55,5 bilhões.

Com isso, houve um resgate líquido (vencimentos superando emissões) de R$ 16,1 bilhões em abril, baixando a dívida em igual proporção. Entretanto, as despesas com juros elevaram a dívida pública em R$ 15,93 bilhões. Com isso, a dívida registrou estabilidade no fim das contas.

Programação para 2013
Segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, após atingir a marca inédita de R$ 2 trilhões no fim do ano passado, a dívida pública vai continuar crescendo neste ano, e pode chegar a R$ 2,24 trilhões – R$ 232 bilhões mais em relação a 2012. Os dados constam no Plano Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Nacional.

O documento prevê um patamar entre R$ 2,1 trilhões, o que representaria um crescimento de R$ 92 bilhões, e R$ 2,24 trilhões, para a dívida pública brasileira no fim deste ano. Deste modo, a estimativa de expansão da dívida pública, em 2013, varia de 4,58% a 11,55%.

Dívidas interna e externa
No caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro Nacional, foi registrada estabilidade em R$ 1,85 trilhão em abril - mesmo patamar de março. Já a dívida externa brasileira, resultado da emissão de bônus soberanos no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou a redução de 0,02% no mês passado, para R$ 88,5 bilhões. Em março, o estoque da dívida externa estava em R$ 88,7 bilhões.

Perfil da dívida
Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 720 bilhões em abril, ou 38,9% do total, contra R$ 738 bilhões, ou 39,8% do total, em março deste ano.

Os títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez, tiveram sua participação elevada em março. No fim do mês passado, estes títulos públicos representavam 22% do estoque total da dívida interna, ou R$ 407 bilhões, contra 21,6% do total (R$ 400 bilhões) em março de 2013.

A parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 38,5% em abril deste ano, ou R$ 713 bilhões, contra 37,9% do total em março deste ano – o equivalente a R$ 702 bilhões. Os papéis indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 0,57% do total em abril (R$ 10,6 bilhões), contra R$ 10,9 bilhões, ou 0,59% do total, em março deste ano.

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