A chuva de granizo durou cerca de 40 minutos, tempo suficiente para danificar boa parte dos cafezais em Itamogi, no sul de Minas Gerais.
A quantidade de pedras de gelo depois do temporal impressiona. O agricultor Alceu Souza, que planejava começar a colheita só daqui um mês, conta que vai ter que antecipar os trabalhos e já espera uma redução de 30% na produção.
De acordo com o levantamento feito pela cooperativa que atende aos cafeicultores da cidade, cerca de mil hectares entre lavouras novas e em produção foram danificadas. E o prejuízo não deve ser apenas nesta safra, a produção esperada para o ano que vem também está comprometida.
No centro-oeste de São Paulo, o clima também prejudicou o café. A colheita já estava em andamento e a chuva pegou os agricultores de surpresa.
Quase uma tonelada de café que foi colhido na propriedade de José Wilson, em Garça, está agora debaixo da lona. Foi a forma que ele encontrou para proteger a produção da chuva intensa e fora de época no centro-oeste paulista.
Agora, o produtor torce para que o excesso de umidade não prejudique os grãos, que já deveriam estar secos e prontos para serem ensacados. “Neste processo ele está fermentando e a partir daí a qualidade fica péssima”, diz.
A maior preocupação dos produtores com a chuva são os frutos que caem do pé. Em contato com a terra o produto perde praticamente toda a qualidade.
