BRASÍLIA - O mercado formal de trabalho registrou em agosto geração líquida (admissões menos demissões) de 127.648 empregos, o que representa uma alta de 26,46% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram criadas 100.938 vagas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho.
Entre janeiro e agosto, foram criados 1.076.511 postos de trabalho, considerando dados ajustados (com declarações fora do prazo). O resultado representa, no entanto, uma queda de 21,9% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram criadas 1,37 milhão de vagas. Esse é o pior resultado para o período desde 2009, quando foram abertos 842 mil empregos com carteira assinada.
Segundo o Caged, em termos setoriais, o bom desempenho do mês de agosto está associado ao comportamento favorável em seis dos oito setores. O setor de serviços se destacou, com abertura de 64.290 mil postos de trabalho.
Em seguida, estão o comércio, com aumento de 50.070 vagas, e a indústria de transformação, com abertura de 11.347 postos de trabalho. A construção civil, por sua vez, criou 11.165 empregos celetistas. A agricultura (-12.092 postos) e os serviços industriais de utilidade pública (-448 postos) foram os setores que registraram declínio no nível de emprego.
Em termos proporcionais, o Nordeste apresentou o maior crescimento, de 0,52% no estoque de trabalhadores. Em seguida, estão Sul (0,38%), Norte (0,34%), Centro-Oeste (0,29%), Sudeste (0,24%).