04/06/2013 17h02 - Atualizado em 04/06/2013 17h04

Dólar fecha em alta após declaração de diretor do BC sobre câmbio

Moeda norte-americana avançou 0,08%, cotada a R$ 2,1289.
Brasil terá de conviver com taxa de câmbio mais fraca, disse Aldo Mendes.

Do G1, em São Paulo

Após operar em queda pela manhã, o dólar mudou de trajetória e fechou em alta nesta terça-feira (4), depois que o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, afirmou que o Brasil terá que conviver com uma taxa de câmbio mais fraca se esse for o movimento do dólar no exterior, sugerindo que o BC pode deixar a moeda norte-americana mais valorizada, destaca a Reuters.

A moeda norte-americana avançou 0,08%, cotada a R$ 2,1289 para a venda. Veja a cotação

Na segunda-feira, o dólar fechou em queda, após cinco altas seguidas. A moeda dos Estados Unidos recuou 0,71%, para R$ 2,1272. Na sexta-feira (31), o dólar fechou na maior cotação em mais de quatro anos, a R$ 2,149.

Aldo, que está em Londres participando de um evento, disse que a depreciação do real está em linha com outras moedas e, por isso, "não há nada que podemos fazer". Ele disse ainda que, enquanto o real estiver caminhando (em linha) com todas as outras moedas num movimento global, trata-se de um cenário normal. "Temos de conviver com isso", afirmou ele.

O dólar avançou 7,04% ante o real em maio, batendo R$ 2,15 no intradia na última sexta-feira, quando registrou o maior nível de fechamento em quatro anos, apesar de o BC ter feito um leilão de swap cambial tradicional e anunciado pesquisa de demanda para mais um após o fechamento dos negócios.

Embora o retorno da autoridade monetária possa sinalizar um desconforto com o alto patamar do dólar - que pode causar repasses à inflação -, analistas alertam que ainda é cedo para  definir novos limites de intervenção e que o objetivo primordial do BC é evitar volatilidade excessiva no mercado.

A valorização do dólar tem sido generalizada devido a sinais de recuperação da economia norte-americana, que alimentam expectativas de que o Federal Reserve, o banco central do país, comece a reduzir seu programa de estímulo já em suas próximas reuniões.

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