Economia

País teve corte de 7,5% nas vagas para baixa escolaridade

Já no nível de escolaridade com curso superior, houve aumento  de 7,49% e,  no ensino médio, de 4,89%, segundo o Ministério do Trabalho

BRASÍLIA - Os país teve em 2012 redução de 7,54% na oferta de emprego para quem só tem o ensino fundamental (até o 5º ano). Considerando também os que completaram o ensino fundamental (até o 9º ano) o fechamento das vagas foi de 2,02%. Já no nível de escolaridade com curso superior, houve aumento de 7,49% e, no ensino médio, de 4,89%. Os dados são da Relação Anual de Informações Social (RAIS), do Ministério do Trabalho (MTE). De acordo com o cadastro, 44,24% da força de trabalho formalizada no país têm curso médio e apenas 17,80% fizeram faculdade.

No total, em 2012, o Brasil registrou geração líquida de 1,148 milhão de empregos formais, o que representa uma queda de 48,79%, frente ao registrado no ano anterior, que foi de 2,242 milhões. O saldo de vagas geradas é o pior desde 2003, quando foram geradas 861 mil vagas.

O dado divulgado pelo MTE nesta sexta-feira considera os trabalhadores celetistas, os servidores públicos federais, estaduais e municipais e os trabalhadores temporários. O MTE afirma que a criação de 1,148 milhão de vagas no ano passado mostra que “se mantém a trajetória de crescimento do emprego ininterrupta, apontando uma perda de dinamismo, já detectada no ano de 2011, quando se verificou uma geração de 2,242 milhões de empregos”.

Quanto ao rendimento médio dos trabalhadores, a RAIS aponta que houve um ganho real de 2,97% em relação a dezembro de 2011, mesmo patamar de aumento que teve no período anterior.

Segundo o levantamento, os postos de trabalho com carteira assinada (vínculos regidos pelas regras da Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT) cresceram 1,301 milhão, mas foram fechados 152,8 mil postos de trabalho estatutário (que são regidas pelos estatutos do funcionalismo público). O MTE justifica essa redução nas vagas públicas a um fechamento de 351,8 mil postos de trabalho no período (somando vagas tanto celetistas quanto estatutárias), causada pelo desaquecimento do mercado de trabalho somada ao período de eleições municipais no ano passado, que levam à interrupção de obras públicas, por exemplo.

Por gênero, a RAIS mostra que a participação da mulher no mercado de trabalho está crescendo. As mulheres são 42,47% da força de trabalho, o que representa um aumento de 0,57 ponto percentual nessa fatia. Mas mesmo assim, o MTE destaca que essa fração ainda está abaixo do total de mulheres na População em Idade Ativa, onde o contingente feminino supera o masculino.

As mulheres com formação superior tiveram mais chances de encontrar um emprego, foram 346,7 mil novas vagas para o sexo feminino e 242,2 mil para o masculino. Apesar disso, de forma geral, a remuneração média da mulher subiu 2,62%, para R$ 1.850,26, enquanto que a do homem, 3,35%, alcançando R$ 2.250,40.

Por escolaridade, a composição do trabalho formal no ano passado foi majoritariamente de trabalhadores com escolaridade igual ou superior ao Ensino Médio Completo (44,24% dos trabalhadores) e com Ensino Superior Completo (17,80% da força de trabalho).

A RAIS revelou, ainda, que o mercado de trabalho está mais acessível para os jovens (até 17 anos). Nesta faixa etária, o nível do empregou subiu 5,85%, acima da média nacional que foi de 2,48%. E reafirmando tendência já verificada em anos anterior, com mais de 65 anos, houve aumento de 7,78% nas ocupações.

O montante de vínculos empregatícios ativos em 31 de dezembro de 2012 atingiu 47,459 milhões, que, adicionado aos vínculos inativos, de 25,868 milhões, totalizou 73,326 milhões.