Em um texto irônico, a revista britânica “The Economist” desta semana considera os líderes europeus sonâmbulos por acreditarem que o pior da crise já passou.
sonâmbulos. (Foto: Reprodução/'The Economist')
“Infelizmente, a ideia de que o euro é um problema de ontem é um fingimento perigoso. Na realidade, os líderes europeus estão caminhando desacordados em uma terra perdida economicamente”, diz o texto. “Pelo bem de todos, os líderes europeus devem se sacudir da letargia. Se eles não agirem, a zona do euro encara a estagnação ou quebra – possivelmente os dois”, escreve.
Se nada for feito, a revista vê possibilidade de a Europa ficar à sombra como o Japão, por anos.
Após os anos de crise, a lista do que fazer é clara, na opinião da "Economist". Entre as ações, a publicação aponta que a união bancária definida no ano passado não evoluiu após o fim da pressão. Também que a união deveria incluir os serviços.
Entre as faltas de motivo para ação está a contrariedade dos europeus com as políticas internas e europeias. “Essa é uma receita para a falta de ação. De um lado, eleitores querem que a zona do euro fique junta. De outra, não querem implantar as reformas necessárias para extirpar a crise”, aponta a revista.
Entre os indícios de que a crise persiste, segundo a revista, está os seis semestres sucessivos de PIB estrangulado e o problema se espalhando por países fortes como a Finlândia e a Holanda. Além disso, as vendas no varejo estão caindo e o desemprego está em nível recorde acima de 12%. As dívidas dos governos e das famílais também são excessivas