Economia

‘Vamos tratar o Galeão como se fosse a nossa casa’, diz Odebrecht

Segundo presidente da Odebrecht Transport Aeroportos, compromisso do consórcio vencedor é de transformar e manter o aeroporto como uma ‘agradável’ experiência para o passageiro

SÃO PAULO e RIO - O presidente da Odebrecht Transport Aeroportos, Paulo Cesena, afirmou nesta sexta-feira que o sucesso do leilão de privatização dos aeroportos do Galeão e de Confins é uma clara manifestação do interesse dos investidores estrangeiros e nacionais de apoiar ativamente os projetos de infraestrutura e melhorar a qualidade logística do país. Ele afirmou ainda que o compromisso do consórcio é de transformar e manter o aeroporto como uma ‘agradável’ experiência para o passageiro.

- Vamos tratar o aeroporto do Galeão como se fosse a nossa casa. Prover o conforto, a segurança, a comodidade e principalmente o encanto. É um compromisso mais do que necessário para uma cidade como o Rio de Janeiro afirmou, garantindo que vaimelhorar a parceria com as com panhias áreas.

Para especialistas, o forte ágio pago pelo consórcio Odebrecht/Changi (Cingapura) pelo aeroporto do Galeão demonstra que o grupo deverá entrar na luta com o também privatizado Guarulhos por voos internacionais. Paulo Fleury, presidente do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), afirma que o Brasil deve ganhar com esta forte concorrência:

- É claro que o grupo vencedor vai lutar para atrair mais voos internacionais pro Rio, disputar a posição de hub (distribuidor) de voos com São Paulo. Isso tende a ser positivo - disse.

Ele afirmou que é cedo para dizer se o valor ofertado é elevado em relação ao movimento do aeroporto, que transportou 17,7 milhões de passageiros no ano passado porque há muito espaço para crescimento do setor, novos ganhos poderão ser obtidos na administração dos aeroportos, que tendem a parecer shoppings, e com custos baixos dos recursos do BNDES que devem financiar as obras e melhorias:

- É um setor com risco muito baixo e que, com poucas mudanças, já trarão ganho aos usuários - afirmou o especialista.

Para Leonardo Vianna, diretor de Novos Negócios da CCR, que arrematou Confins, o êxito do leilão demonstrou que a iniciativa privada está preparada para fazer frente aos desafios da infraestrutura do país.

- As empresas estão dispostas a enfrentar esse desafio que é melhorar a infraestrutura do país – afirmou.

Ele espera que o leilão tenha servido de exemplo para o governo federal fazer processos similares, já que há muita coisa a ser desenvolvida e melhorada no setor de infraestrutura. A CCR afirmou que pretende fazer uma parceria com o governo de Minas gerais no sentido de desenvolver a região do entorno do aeroporto.