30/09/2013 14h52 - Atualizado em 30/09/2013 15h05

Dólar a R$ 2,45 preocupava, a R$ 2,23 preocupa menos, afirma Mantega

'Temos que ficar vigilantes para que não haja contaminação na inflação', diz.
Segundo ministro, IPCA de setembro será 'certamente um pouco maior'.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa de fórum sobre competitividade, em São Paulo (Foto: Darlan Alvarenga/G1)Ministro da Fazenda, Guido Mantega, participa de
fórum sobre competitividade, em São Paulo
(Foto: Darlan Alvarenga/G1)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, manifestou nesta segunda-feira (30) preocupação com o risco de um impacto do aumento do dólar na inflação do país.

Segundo ele, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem caído mas, em setembro, "certamente será um pouco maior" que a variação de 0,24% registrada em agosto.

"O que nós podemos ter alguma preocupação é com o impacto da alta do câmbio na nossa inflação. Temos que ficar vigilantes, alertas, para que não haja uma contaminação do aumento do dólar na inflação", disse Mantega, em entrevista, após participar de fórum sobre produtividade em São Paulo.

Sobre o patamar do câmbio, o ministro destacou que o dólar subiu, mas agora já recuou um pouco. "A R$ 2,45 me preocupava, a R$ 2,23, a preocupação é menor. Mas sempre temos que ficar preocupados para não deixar que a inflação acabe contaminando o país", destacou.

Leilões do BC
Em relação ao programa de leilões de dólares do Banco Central, o ministro avaliou que há espaço para uma flexibilização.

"Foi muito bem acertado, pode ser flexibilizado de acordo com o Banco Central, quando tiver necessidade. [O BC] pode pode até intensificar ou não. O importante é que ele disse: 'Tenho aqui US$ 60 bilhões que vou colocar no mercado' e isso ajudou a baixar o câmbio. E o câmbio mudou de patamar", disse.

Apesar do recuo na cotação do dólar ante o real após o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) decidir seu programa de injeção de dólares, Mantega avalia que novas oscilações ainda podem ocorrer no câmbio.

"Não podemos achar que as oscilações terminaram, pode ser que tenham se acalmado. Nada garante que amanhã não tenha uma nova flutuação", afirmou.

Reajuste nos combustíveis
Sobre um eventual reajuste no preço dos combustíveis, o ministro se esquivou, afirmando apenas que "nada mudou no método de correção de preços da gasolina" praticado pela Petrobras.

"Quando eles acontecerem, todos nós saberemos", limitou-se a dizer. Questionado sobre a possibilidade de um reajuste antes do leilão do pré-sal, marcado para o dia 21 de outubro, ele respondeu: "Não sei".

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