Economia

Funcionários do McDonald's fazem paralisação de 24 horas nos EUA

Profissionais de redes de fast food exigem elevação dos salários, hoje de US$ 7,25 por hora
Trabalhadores protestam, com música, em frente a um dos restaurantes da rede de fast food McDonald's em Nova York Foto: EDUARDO MUNOZ / REUTERS
Trabalhadores protestam, com música, em frente a um dos restaurantes da rede de fast food McDonald's em Nova York Foto: EDUARDO MUNOZ / REUTERS

RIO - Trabalhadores das redes de fast food nos Estados Unidos, incluindo McDonald's e Burger King, estão fazendo protestos — uma paralisação de 24 horas e passeatas em diversas cidades — para exgir salários melhores. Eles ganham, atualmente, US$ 7,25 por hora, valor fixado em 2009, e reivindicam US$ 15.

Houve passeatas em Nova York, Chicago, Washington, Detroit, Raleight (Carolina do Norte) e Pittsburgh (Pensilvânia). Os organizadores esperam adesão de cem cidades. Em Nova York, uma centena de trabalhadores se concentrou em frente a uma loja do McDonald's e seguiu em passeata, cantando “nós não conseguimos sobreviver com US$ 7,25”.

O movimento ganhou a simpatia das autoridades: os democratas Linda Sanchez (California) e Raul Grijalva (Arizona) assinaram uma carta enviada a executivos do McDonald's, Burger King, Wendy's, Yum! e Domino's pedindo remunerações melhores:

“Pagar salários justos e colocar mais dinheiro para gastar nas mãos dos consumidores vai fortalecer nossa economia”, escreveram.

Além disso, Barack Obama disse que apoiará a proposta do Senado de elevar o salário mínimo para US$ 10,10, mas o projeto pode ser barrado na Câmara, onde os republicanos têm maioria.

Mas a Associação Nacional dos Restaurantes (NRA, na sigla em inglês) afirmou que as greves são apenas uma manobra de publicidade e que os manifestantes são sindicalistas, em sua maioria. A entidade alerta que aumentar os salários para US$ 15 por hora faria com que os estabelecimentos precisassem mais de máquinas e contratassem menos trabalhadores.