Economia

Dilma diz no Twitter que revista britânica 'The Economist' está desinformada

"Eles estão desinformados. O dólar estabilizou, a inflação está sob controle e somos o único grande país com pleno emprego", disse a presidente
Estragou tudo? Em 2009, capa da "The Economist" exaltava a economia brasileira. Já edição de 2013 questiona se será possível reiniciar o motor da economia Foto: Arte O Globo
Estragou tudo? Em 2009, capa da "The Economist" exaltava a economia brasileira. Já edição de 2013 questiona se será possível reiniciar o motor da economia Foto: Arte O Globo

BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff aproveitou nesta sexta-feira um post do perfil Dilma Bolada, que critica a revista “The Economist”, para falar de economia e afirmou que a revistra britânica está desinformada sobre a situação do país.

“Eles estão desinformados. O dólar estabilizou, a inflação está sob controle e somos o único grande país com pleno emprego. Somos a terceira economia que mais cresceu no mundo no segundo trimestre. Quem aposta contra o Brasil, sempre perde”, escreveu a presidente.

A presidente reativou, na manhã desta sexta-feira (27), a sua conta no Twitter, que não usava desde 13 de dezembro de 2010. Bem-humorada, ela surpreendeu ao conversar com Dilma Bolada,  um perfil que satiriza a presidente criado nas redes sociais por um publicitário. Disse que ri muito com as brincadeiras de Dilma Bolada e que jamais se incomoda, pois a vida sem humor fica muito pesada.

A nova edição da "The Economist" conta com reportagem especial de 14 páginas dedicada à análise da economia brasileira. Com o título “ Has Brazil Blown it? ” (O Brasil estragou tudo?, em tradução livre),  a versão distribuída para a América Latina e que chega às bancas neste fim de semana, questiona se a presidente Dilma Rousseff vai conseguir reiniciar os motores do crescimento econômico.

A publicação diz que, desde 2011, o Brasil conseguiu apenas 2% de crescimento anual e ressalta o descontentamento da população brasileira quanto ao alto custo de vida, os serviços públicos deficientes e a ganância e a corrupção dos políticos como impeditivos para um salto maior. Essa mescla resultou nas recentes manifestações ocorridas em junho.

Em 2009, a economia do Brasil também foi matéria de capa. A ascensão econômica foi seguida de um elogioso editorial e de especial de (também) 14 páginas, apontando que a inclusão do Brasil, em 2003, no grupo de emergentes Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) havia surpreendido muitos, mas que havia se mostrado acertada, já que o país apresentava desempenho econômico invejável. Na segunda metade dos anos 2000, o Brasil decolava e recebia elogios mundo afora. Com economia estável, o país sofreu pouco durante a crise econômica mundial - registrando crescimento de 7,5% no ano de 2010, enquanto grande parte dos países estava em recessão.

Enquanto, em 2009, a escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica em 2016 marcou simbolicamente a entrada do país no cenário mundial, hoje a pergunta da nova edição é outra: Será que a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos de recuperação ajudarão o país ou simplesmente vão trazer mais dívida?