28/05/2013 16h09 - Atualizado em 28/05/2013 16h16

Ministra do Planejamento vê economia acelerando e emprego forte

Previsão de alta do PIB foi mantida em 3,5% para 2013 e 4,5% para 2014.
'Controle da inflação é um compromisso absoluto da presidente', declarou.

Alexandro MartelloDo G1, em Brasília

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou nesta terça-feira (28), durante audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, que há "vários indicadores" de que mostram que a economia brasileira está acelerando.

"Já temos vários indicadores de que a economia está acelerando. A produção industrial cresceu 3,3%, com ênfase em bens de capital [máquinas e equipamentos], que subiu 9,8% no primeiro trimestre. Isso garantirá um crescimento de 3,5% do PIB [neste ano]", declarou ela. Para 2014, a previsão é de uma expansão econômica da ordem de 4,5%.

Para os analistas do mercado financeiro, porém, consultados semanalmente pelo Banco Central em pesquisa sobre os indicadores econômicos, o PIB deverá avançar 2,93% neste ano e 3,5% em 2014 - valores que estão abaixo das estimativas governamentais.

De acordo com a ministra, o crescimento da economia brasileira é fruto de um "novo arranjo macroeconômico", que passa pela redução dos juros, pelo aumento do crédito e pelas desonerações tributárias, além da manutenção de uma taxa de câmbio em um patamar mais "competitivo" e da continuidade dos investimentos em infraestrutura e logística.

Segundo ela, o mercado de trabalho seguirá forte. "O desemprego está em 5,4% no Brasil. Nos Estados Unidos, está em 8% e na Zona do Euro em 10%. Na Espanha, está em 25%. Então, é uma situação bastante propícia para todos os brasileiros", afirmou.

Para Miriam Belchior, o rendimento real do trabalhador está em "trajetória de crescimento consistente" por conta da política aprovada pelo Congresso Nacional de valorização do salário mínimo e do "esforço permanente do governo de controle da inflação".

"O controle da inflação é um compromisso absoluto da presidente [Dilma Rousseff], fundamental para a manutenção do crescimento do país e das conquistas sociais deste movo modelo de desenvolvimento", declarou a ministra do Planejamento.

Nos dois primeiros anos do governo da presidente Dilma Rousseff, porém, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o sistema de metas de inflação do governo, ficou bem acima da meta central de 4,5%.

Em 2011, somou 6,50% e, no ano passado, em 5,84%. Entretanto, ficou dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais (entre 2,5% e 6,5%) em relação à meta central fixada pelo governo. Para 2013, o BC prevê um IPCA também próximo de 6%.

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