Economia

Itaú Unibanco tem o maior lucro trimestral desde a fusão, de R$ 4 bilhões

Resultado veio 17,9% melhor na comparação com o mesmo período do ano passado e 11% acima na comparação com o segundo trimestre
A man walks past a Banco Itau BBA SA branch in Sao Paulo, Brazil, on Wednesday, Feb. 15, 2012. Brazils deposit insurance fund, the nations privately owned guarantor of bank deposits and financial stability, almost doubled its assets since 2008 to 28 billion reais ($16.3 billion). Photographer: Dado Galdieri/Bloomberg Foto: Dado Galdieri / Bloomberg
A man walks past a Banco Itau BBA SA branch in Sao Paulo, Brazil, on Wednesday, Feb. 15, 2012. Brazils deposit insurance fund, the nations privately owned guarantor of bank deposits and financial stability, almost doubled its assets since 2008 to 28 billion reais ($16.3 billion). Photographer: Dado Galdieri/Bloomberg Foto: Dado Galdieri / Bloomberg

SÃO PAULO - O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, registrou lucro líquido ajustado de R$ 4,022 bilhões no terceiro trimestre, alta de 17,9% em relação ao mesmo período do ano passado e de 11% em relação ao segundo trimestre deste ano. O lucro líquido contábil do banco foi de R$ 3,995 bilhões entre agosto e setembro, alta de 18,5% em relação ao mesmo período de 2012 e de 11,5% ante o segundo trimestre deste ano.  Foi o maior resultado desde a fusão que resultou na criação do maior banco privado do país no fim de 2008.

- Estamos bastante satisfeitos. Nossa estratégia de trazer a carteira de crédito dos riscos maiores para os riscos menores, a elevação com a receita de serviços e o aumento da eficiência nos levou a este lucro - disse Rogério Calderón, diretor Corporativo de Controladoria e de Relações com Investidores do banco, durante conference call com jornalistas na manhã desta terça-feira.

A carteira de crédito total incluindo avais, fianças e títulos terminou setembro em R$ 481,017 bilhões, alta de 9,9% em 12 meses e de 2,9% em relação a junho. Desconsiderando a carteira de veículos, que se reduziu 20,9% no acumulado do ano, a carteira total de crédito teria sido de 14,3%, frisou Calderón.

- A carteira de crédito cresceu menos que historicamente cresceu o crédito no Brasil, mas agora ela está mais enquadrada à atual realidade -  emendou o diretor de relações com investidores.

A taxa de inadimplência de 90 dias ficou em 3,9% e deu sinais de melhora ao cair 0,3 ponto percentual em relação a junho e 1,2 ponto na comparação com o mesmo período do ano passado. É o menor nível de inadimplência registrado no banco desde a fusão com o Unibanco, no fim de 2008. Embora não tenha cravado  em quanto a taxa de calotes deve encerrar este e o próximo ano, Calderón garantiu que "ainda vai cair mais".

- Este é o quinto trimestre consecutivo que registramos declínio do índice de inadimplência total -  lembrou.

O índice de inadimplência de pessoas físicas declinou 1,5 ponto percentual em 12 meses e 0,4 ponto na comparação com o segundo trimestre deste ano, atingindo 6%. Já o de empresas teve queda de 1,0 ponto percentual em 12 meses e de 0,2 ponto na comparação trimestral, atingindo 2,3%.

Com as linhas de crédito com menor risco, como o consignado e o imobiliário, crescendo mais aceleradamente que outras modalidades, a redução das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa recuaram 25,8% ante igual período de 2012 e 7,6% na comparação com o segundo trimestre deste ano, para R$ 4,537 bilhões.

Em movimento contrário na comparação com o ano passado, a margem financeira do banco diminuiu, o que impediu um desempenho ainda melhor do lucro. A margem financeira gerencial ficou em R$ 11,8 bilhões de julho a setembro, ante R$ 12,81 bilhões no mesmo período do ano passado. A diferença entre os dois períodos representa uma queda de 7,6%. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a margem financeira gerencial teve uma alta de 2,3%.

Balanço dos concorrentes

O Bradesco, que abriu a safra de balanços de bancos brasileiros na semana passada, registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,082 bilhões no terceiro trimestre, alta de 6,5% superior ao mesmo período do ano passado.

Na quinta-feira, foi a vez do Santander de divulgar o resultado do terceiro trimestre. O banco reportou um lucro ajustado de R$ 1,407 bilhão, uma queda de 6,3% em relação ao mesmo período do ano passado.