16/10/2013 08h21 - Atualizado em 16/10/2013 11h19

Produtoras rurais preparam refeições com alimentos sem agrotóxicos

Mulheres integram a cooperativa de agricultoras empreendedoras no RJ.
Projeto é vender refeições preparadas com produtos produzidos por elas.

Do Globo Rural

As agricultoras da região de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, apostam no sabor da comida caseira para melhorar a renda familiar. O projeto é vender refeições preparadas com o arroz, feijão, ovos e verduras produzidas pelas mulheres.

As agricultoras da região de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, apostam no sabor da comida caseira para melhorar a renda familiar. O projeto é vender refeições preparadas com o arroz, feijão, ovos e verduras produzidas pelas mulheres.

A Cooperativa das Mulheres Agricultoras Empreendedoras reúne mais de cem produtoras rurais de 17 assentamentos e acampamentos da zona rural de Campos, no norte do Rio de Janeiro. As mulheres preparam quentinhas com o verdadeiro sabor caipira.

No canteiro da agricultora Loilda Oliveira são cultivados temperos para todos os cardápios sem o uso de agrotóxicos, mas há um segredinho para evitar as pragas das lavouras. “Quando a gente limpa a horta, a gente deixa o mato envolta da hora para poder proteger da lagarta. Antes da lagarta chegar á horta, vai chegar ao mato primeiro”, diz.

O assentamento Josué de Castro foi escolhido como sede da cozinha. O prédio ainda está em construção. Mas, as mulheres fazem planos. “A ideia da mulherada é transformar isso em um restaurante rural para que possamos atender a todas as pessoas que passarem pela região”, diz a agricultora Sandra Miranda.

A intenção é de uma produção autossuficiente e sustentável do início ao final. Para isso, essas mulheres pensaram em usar um biodigestor que ainda está em construção. Nas baias serão colocados 750 porcos e a matéria orgânica produzida pelos animais irá abastecer o assentamento.

Enquanto a cozinha não fica pronta, as quentinhas são preparadas no espaço cedido pela Secretaria Municipal de Trabalho e Renda de Campos. Por enquanto, são produzidas 50 refeições por dia no local. Parte do dinheiro arrecadado com as vendas fica com as colaboradoras, mas a maior parte fica no caixa para a compra de insumo, para ser investido no negócio. Esse é uma chance de ouro para essas mulheres.

As agricultoras estão buscando apoio do Ministério do Desenvolvimento agrário para construir o restaurante. A refeição de tamanho normal custa R$ 7,00 e a pequena custa R$ 4,00.

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