Rio

Fundação divulga foto do menino Sean quatro anos após deixar Brasil

Hoje com 13 anos, ele foi alvo de uma disputa judicial entre o pai americano e a família brasileira

Sean e o pai em pescaria antes do Natal
Foto: Divulgação
Sean e o pai em pescaria antes do Natal Foto: Divulgação

RIO - Perto de completar quatro anos da decisão judicial que determinou a volta do menino Sean Goldman para os Estados Unidos, a fundação criada pelo pai ( ‘Tragam Sean para casa’, na tradução livre) divulgou uma foto ( veja ) do garoto, hoje com 13 anos, na sexta-feira à noite. Na imagem, pode-se ver ambos em uma pescaria em local não divulgado. Crescido, Sean está quase da altura do pai, David, que tem 1,85m.

O menino Sean Goldman foi alvo de uma grande batalha judicial envolvendo o pai, o americano David Goldman, e a família da mãe, a estilista brasileira Bruna Bianchi, que morreu em 2008. Sean, que hoje tem 13anos, mora com o pai nos Estados Unidos e há quatro anos não vem ao Brasil.

A mãe do menino, Bruna, trouxe Sean para o Brasil em 2004 para passar férias, mas ligou para David pedindo a separação logo depois. Ela conseguiu a guarda do menino, casou de novo e acabou morrendo no parto de sua filha com o brasileiro João Paulo Lins e Silva. A guarda de Sean passou a ser disputada então pelo padrasto e pelo pai do menino, que acabou conseguindo levá-lo para os Estados Unidos. A secretária de estado americano, Hillary Clinton, chegou a telefona para David Goldman - pai do menino Sean, durante sua viagem ao Brasil, para confirmar o compromisso de ajudá-lo a ganhar a guarda do menino de volta.

Em dezembro de 2009, depois de uma briga que durou cerca de um ano e meio, o menino, que na época tinha 9 anos, foi morar com o pai nos Estados Unidos. A batalha judicial mobilizou a opinião pública do Brasil e dos EUA. Ele embarcou com o pai, David, para Nova Jersey, em avião fretado pelo governo americano. Vestindo uma camisa com a bandeira do Brasil e chorando, Sean foi entregue pela avó e pelo padrasto brasileiro no consulado americano no Centro do Rio, onde dezenas de jornalistas e o pai o aguardavam. Abalada, a avó contou que o governo americano proibiu que ela acompanhasse o neto na viagem. Em carta, o pai de Sean agradeceu o apoio de brasileiros e americanos. Uma semana depois de chegar ao país, o pai afirmou à rede de televisão americana NBC que o filho ainda não o chamava de pai.