28/11/2013 06h44 - Atualizado em 28/11/2013 10h53

Projetos de irrigação no CE ajudam a obter renda durante a estiagem

Produção de frutas em áreas irrigadas tem sido boa alternativa de renda.
Com a seca prolongada, investimento cresceu cerca de 70%.

Do Globo Rural

Nem parece que é uma plantação no meio do sertão cearense tão castigado pela seca. Debaixo do sol forte, a área que se mantém produtiva é graças à água que irriga o solo.

O perímetro irrigado é um conjunto de áreas produtivas e abastecidas, praticamente durante todo o ano, pelas águas de açudes.

No Ceará, um desses locais fica no município de Russas, a 180 quilômetros de Fortaleza.

Ao todo, são 4,6 mil hectares de terras cultivadas, onde se planta, colhe e vende. A água para abastecer o solo chega por meio de canais e vem dos açudes Castanhão, na região do Jaguaribe, e Banabuiú, no sertão central.

Em meio a uma das maiores secas do estado, o abastecimento de água nesses perímetros tem sido a salvação para os produtores de frutas. Entre as que são colhidas em maior número estão o melão, a melancia, a goiaba e a banana.

José Roberto de Lima, cansado de perder o plantio de feijão, milho e macaxeira, decidiu investir na plantação de goiaba. Hoje, ele tem mais de 600 pés de fruta fresquinha e muito o que comemorar.

O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, o Dnocs, é o responsável por administrar os perímetros irrigados do Tabuleiro de Russas.

Os números mostram um crescimento na produção de frutas nessas áreas nos últimos três anos, de 31 mil toneladas em dezembro de 2010, para 53 mil toneladas em dezembro de 2012, um aumento de 70%. Os destaques ficam por conta da banana, goiaba, melancia e melão, que estão entre as frutas colhidas em maior quantidade.

As regiões Sul e Sudeste do Brasil e a Europa são as maiores compradoras. No Tabuleiro de Russas cerca de 600 agricultores estão cadastrados, só que mais da metade ainda não começou a produzir.

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