16/10/2013 12h20 - Atualizado em 16/10/2013 14h17

Senadores dos EUA chegaram a acordo sobre dívida, dizem agências

Congresso precisa aprovar o aumento do teto da dívida para evitar calote.
Prazo termina à 0h desta quinta-feira (17).

Do G1, em São Paulo

Os senadores democratas e republicanos dos Estados Unidos alcançaram, a poucas horas do fim do prazo, um acordo sobre o teto da dívida do país, que poderá evitar um calote nas contas públicas, segundo agências de notícias. O prazo para aprovar o aumento do teto da dívida acaba à 0h desta quinta-feira (17).

A discussão do acordo foi retomada na noite de terça-feira (15), após as tentativas da Câmara dos Deputados falharem.  Esse acordo precisa ser aprovado pelos plenários da Câmara e do Senado, além de ser ratificado pelo presidente Barack Obama para entrar em vigor.

O presidente Barack Obama deverá se encontrar com o secretário do Tesouro, Jack Lew, nesta quarta, perto das 13h30 (horário de Brasília).

Sem um acordo, o Tesouro norte-americano ficará sem caixa para pagar suas dívidas com credores (juros de títulos), bem como benefícios sociais e corre o risco de dar calote - o que seria um fato histórico.

Em maio deste ano, os Estados Unidos atingiram o limite seu limite de endividamento, US$ 16,699 trilhões, mas avisou que, até o dia 17 de outubro teria "recursos extraordinários" para continuar pagando suas contas.

Em meio ao caos, a agência Fitch Ratings alertou que pode reduzir a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA, citando como motivo a provocação política sobre a elevação do teto da dívida federal. De acordo com a agência, os Estados Unidos ainda teriam capacidade de fazer pagamento por apenas mais uns dias depois do dia 17 de outubro.

O líder da maioria no Senado, Harry Reid, e o líder republicano, Mitch McConnell, tentavam discutir maneiras de evitar obstáculos processuais que poderiam retardar a medida, disse à CNN a senadora democrata Heidi Heitkamp.

Imagem da sede do governo dos EUA refletida na água é feita do 15º dia de paralisação por falta de acordo. (Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP)Imagem da sede do governo dos EUA refletida na água é feita do 15º dia de paralisação por falta de acordo. (Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP)

O acordo vindo do Senado serviria para financiar o governo até 15 de janeiro de 2014 e suspender o teto da dívida até 7 de fevereiro de 2014. O Departamento do Tesouro poderia usar as chamadas medidas extraordinárias para atrasar o default - jargão para calote no mercado financeiro - por mais um mês.

Andamento
O Senado dos Estados Unidos fará um último esforço nesta quarta-feira para evitar um lapso histórico na capacidade de endividamento do governo.

Depois de um dia de negociações complicadas, os líderes democrata e republicano no Senado disseram estar perto de chegar a um acordo sobre uma proposta para elevar o limite da dívida - e reabrir o governo parcialmente fechado - que será levada ao plenário da Casa nesta quarta-feira.

O destino do projeto permanece incerto na Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, que fracassou duas vezes na terça-feira em tentativas de produzir um plano próprio.

O Senado tem sessão marcada para as 13h (horário de Brasília) desta quarta, e a Câmara para as 11h.

Com o limite de empréstimo do governo previsto para ser esgotado na quinta-feira, o líder da maioria do Senado, o democrata Harry Reid, e o líder republicano na Casa, Mitch McConnell, "estão muito perto" de um acordo, disse o deputado Chris Van Hollen, do Partido Democrata, à MSNBC na terça-feira à noite.

O senador democrata Heidi Heitkamp disse à CNN que o acordo "está de volta aos trilhos", após um dia de acontecimentos caóticos, que elevaram a tensão de muitos membros do Congresso e dos mercados financeiros globais.

Após semanas de disputas entre democratas e republicanos, a paralisação de agências federais e bastante turbulência para os mercados, o acordo em discussão --se, eventualmente, promulgado-- daria ao presidente Barack Obama o que ele exige há meses: um aumento do limite da dívida e a aprovação da lei de financiamento do governo.

O acordo estenderia a capacidade de empréstimos dos EUA até 7 de fevereiro, embora o Departamento do Tesouro tenha ferramentas para prolongar temporariamente sua capacidade de endividamento para além dessa data, se o Congresso não agir no início do próximo ano.

O projeto também financia agências do governo até 15 de janeiro, pondo fim a uma paralisação parcial que começou com o novo ano fiscal, em 1º de outubro.

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