Economia Defesa do Consumidor

Saiba quais lojas evitar na Black Friday

Lista do Procon-SP reúne 375 comércios virtuais fraudulentos

Lojas participantes da Black Friday podem ser acessadas por meio do site do evento
Foto: Foto: Reprodução
Lojas participantes da Black Friday podem ser acessadas por meio do site do evento Foto: Foto: Reprodução

RIO — Para evitar cair em uma fria durante as compras na Black Friday - o dia de promoções que iniciou à meia-noite e segue até o fim desta sexta-feira, com promessas de descontos que podem chegar até 80% - vale a pena o consumidor consultar a lista elaborada pelo Procon-SP, que reúne os 375 sites identificados pelo órgão como fraudulentos, por não entregarem mercadorias e nem manterem um serviço de pós-venda que possibilite a resolução do conflito.

Clique aqui para acessar a lista completa .

O monitoramento e identificação dos sites fraudulentos estão sendo feitos pelo Procon há um ano, desde a divulgação da primeira lista de lojas virtuais não recomendadas, na ocasião composta por 200 nomes . A iniciativa partiu de reclamações de consumidores ao órgão sobre esses endereços eletrônicos por, principalmente, não entrega do produto e total falta de resposta para a solução do problema.

De acordo com o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, os fornecedores virtuais que entram nessa lista são os não localizados, nem mesmo pelo rastreamento feito no banco de dados de órgãos como Junta Comercial, Receita Federal e Registro BR, responsável pelo registro de domínios no Brasil. Isso, explicou, inviabiliza a solução do problema apresentado pelo consumidor. O maior agravante é que muitos destes sites ainda estão no ar e podem continuar lesando novos consumidores.

A relevância da lista do órgão é tamanha que a organização da Black Friday, o site Busca Descontos, resolveu barrar da iniciativa as lojas que estiverem no cadastro do Procon-SP . Outro cuidado que os consumidores devem tomar é verificar, dentre as lojas que aderiram ao dia de promoções, se elas exibem o selo da ‘Black Friday Legal’. A identificação é utilizada por todas as lojas virtuais que aderiram ao código de ética criado pela Camara-e.net. O documento consiste numa série de regras que obriga as lojas a praticarem ofertas legais, sem maguiagem de preços e com entrega garantida.

A Black Friday é uma data marcada pela mobilização em massa das grandes lojas virtuais brasileiras. Este ano, 120 devem participar. A lista completa pode ser acessada aqui . A previsão do Busca Descontos é que as vendas gerem R$ 340 milhões na data este ano, o que representa um crescimento de mais de 50% em relação ao Black Friday 2012, quando foram vendidos R$ 217 milhões, segundo a consultoria ClearSale. De acordo com a previsão da organização, mais de 850 mil pedidos de compra devem ser realizados no dia.