24/10/2013 22h00 - Atualizado em 25/10/2013 00h04

Petrobras quer reajustes de combustíveis previsíveis, diz Graça

Presidente da Petrobras deu entrevista à Miriam Leitão, na GloboNews.
'Estamos trabalhando para ter essa previsilidade, não repassar', disse.

Do G1, em São Paulo

A Petrobras está buscando previsibilidade no resjuste dos combustíveis, disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, nesta quinta-feira (24), em entrevista ao programa da jornalista Miriam Leitão, na GloboNews. "Estamos trabalhando para ter essa previsilidade (no reajuste de combustíveis), não repassar, mas ter previsibilidade", afirmou.

A jornalista questionou sobre a possibilidade de haver novo aumento de combustíveis neste ano e Graça Foster apontou que a discussão é "permanente" e voltada à previsão de altas e não à busca de fórmulas para a correção.

A presidente disse que a volatilidade em relação ao dólar por conta da política norte-americana prejudicou os preços a partir de maio. Graça Foster disse que nesta quinta, a gasolina está com 6,5% de defasagem e o diesel com 19%, sem considerar os custos de transporte dos combustíveis. "Isso tudo é uma receita que ela deixa de fazer quando não faz a paridade", disse Graça.

Libra
Sobre o leilão do campo de Libra, a presidente da Petrobras disse que "a competição foi grande, mas aconteceu muito antes". "As empresas competiam pela Petrobras, competiam entre si, determinados arranjos eram conveninentes para nós e foi um trabalho de muitos meses. Antes de ser anunciado o leilão, a gente já trabalhava Libra porque Libra estava na nossa mão, fomos nós que descobrimos", afirmou.

A entrevista da presidente da Petrobras ocorre na mesma semana em que o consórcio formado pela Petrobras em parceria com a Shell, Total, e as chinesas CNPC e CNOOC, arrematou o campo de Libra e foi o vencedor do primeiro leilão do pré-sal sob o regime de partilha – em que parte do petróleo extraído fica com a União.

Único a apresentar proposta, contrariando previsões do governo, o consórcio ofereceu repassar à União 41,65% do excedente em óleo extraído do campo – percentual mínimo fixado pelo governo no edital.

Nesta quinta mais cedo, Graça Foster disse que a estatal trabalha "alucinadamente" para dar orgulho ao investidor. “A Petrobras sabe que tem um compromisso com o país, tem um compromisso com os [acionistas] minoritários. Nós trabalhamos alucinadamente para que vocês tenham muito orgulho de nós, em especial aqueles que investem em ações de Petrobras”, afirmou.

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